O momento político e econômico em que ocorre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro é típico da velha e desgastada estratégia de criar cortina de fumaça para desviar a atenção dos brasileiros dos fatos negativos que cercam o governo lulista. Bolsonaro denunciado agora é, antes de tudo, uma forma de disfarçar o mau momento do governo.
A colunista Cristina Graeml observa que a peça preparada pela PGR contra Bolsonaro vem a público justamente em um momento de inflação alta, popularidade de Lula em queda livre e a população sem paciência para ouvir narrativas fantasiosas.
Em um dos trechos da acusação, o procurador Paulo Gonet diz que Bolsonaro “expressava descontentamento com decisões de tribunais superiores e com o sistema eleitoral”. Por essa ótica, sublinha Cristina Graeml, “se demonstrar descontentamento é tentar abolir o Estado Democrático de Direito e dar golpe, tem milhões e milhões de brasileiros que podem ser acusados”.
Primeira Turma tem ex-advogado de Lula
Dado o perfil da Primeira Turma do STF, onde estão o ex-advogado de Lula, Cristiano Zanin, o comunista Flávio Dino, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes, não há muita dúvida de que a denúncia com Bolsonaro denunciado será acatada na suprema corte.
Resta aos brasileiros manifestarem seu descontentamento nas ruas – tem manifestação dia 16 de março – escancarando o projeto de vingança de Lula e debochando de um procurador, diz Cristina, “muito bem pago pelo poder público para escrever 272 páginas de baboseiras, de construção retórica para falar de uma organização armada que simplesmente não existe”.
Assista ao vídeo e conheça em detalhes os comentários da colunista sobre a denúncia.




