Como segurar a vontade do povo de gritar Fora Lula nas manifestações de 16 de março? Por que impedir que o cidadão insatisfeito com o preço da carne, dos ovos, do café e da laranja vá para a rua demonstrar sua revolta com a inflação dos alimentos? Como não protestar contra um governo que não tem a menor preocupação em diminuir seus gastos ou os de Janja? A praça pública é do povo ou não é? - questiona a colunista da Gazeta do Povo Cristina Graeml.
Neste vídeo, Cristina comenta a divisão na direita depois que o ex-presidente Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia e deputados do PL começaram a pedir que em 16 de março haja uma única manifestação, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Para Graeml, é compreensível a intenção de focar num grande protesto. Mas também deve-se entender o desejo das pessoas de organizar manifestações em suas próprias regiões e cidades. Como segurar a forte onda nas redes sociais pró-manifestações pelo Brasil inteiro?, questiona.
Anistia, a prioridade número 1 das manifestações de 16 de março
“Não sou do time que diz não vá para rua. Acho que deve ir para a rua com a indignação que você tiver. Há muitas pautas no momento, a minha continua sendo a defesa do Estado de Direito, da liberdade de expressão e da liberdade de manifestação. E pela anistia dos presos e perseguidos políticos de 8 de janeiro – e obviamente essa é a prioridade número 1 no Brasil”, sublinha Graeml.
Ela destaca que ainda há muita gente “presa sem individualização da conduta, sem a descrição exata do que fizeram, e muito menos prova de que elas tenham cometido qualquer crime”. “Então acho que isso tem que ser levado para a rua, e, claro, o preço da carne, do feijão, do combustível, a gente tem que levar nossas indignações”, diz Graeml.





