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Detalhe de “Primeira Missa no Brasil”, de Victor Meirelles.
Detalhe de “Primeira Missa no Brasil”, de Victor Meirelles.| Foto: Reprodução

Nosso país tem uma vocação divina desde seu descobrimento, fruto de missão evangelística. Isso significa que o Brasil nasceu inspirado em valores religiosos de evangelismo, promoção das liberdades e da dignidade da pessoa humana, nascida dentro do cristianismo, como vemos desde o início da igreja cristã e desenvolvida teoricamente por homens como Boécio e Tomás de Aquino.

Interessante notar que, na abertura do período das campanhas eleitorais, a igreja entrou no olho do furacão, sendo alvo de muitas declarações negativas, que podem até mesmo ser vistas como atos de intolerância contra os cristãos. Tal tendência se deve ao desconhecimento da contribuição que muitos crentes deram na perspectiva de bons governos no Brasil – não à toa, evangélicos e católicos tiveram um papel ímpar na Constituinte (1987-1988), preocupando-se em consolidar princípios que auxiliam na interpretação constitucional e na criação de direitos fundamentais que alcançam muitas áreas de nossas vidas, incluindo o desenvolvimento espiritual (liberdade de crença e religiosa, que compreende as liberdades de culto, assistência, ensino e organização religiosa) e desenvolvimento econômico (com os valores do trabalho e da livre inciativa). Jónatas Eduardo Mendes Machado fala sobre essa relação em seu Estado constitucional e neutralidade religiosa:

“Para a visão de mundo judaico-cristã, essa dignidade especial de ser criado à imagem e semelhança de Deus manifesta-se nas peculiares capacidades racionais, morais e emocionais do ser humano, na sua postura física ereta, na sua criatividade e na sua capacidade de articulação de pensamento e discurso simbólico, distinta de todos os animais, por mais notáveis que sejam suas características. Ele explica que o ser humano reparta de forma singular a sua criatividade e os seus interesses pela política, o Direito, a economia, a ciência, a literatura, a arquitetura, a pintura, a escultura, a música, o desporto etc [...]. A dignidade humana é um atributo universal próprio do ser humano, de procedência transcendente, que gera uma pretensão universal de reconhecimento, respeito e proteção tendo como destinatários todos os indivíduos e todas as formas de poder político e social.”

Na abertura do período das campanhas eleitorais, a igreja entrou no olho do furacão, sendo alvo de muitas declarações negativas, que podem até mesmo ser vistas como atos de intolerância contra os cristãos

Pensando nisso, o Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR) está promovendo o Terceiro Congresso Brasileiro de Direito Religioso. Uma seleção de autoridades e experts tratará o desenvolvimento humano nas perspectivas espiritual e econômica.

O desenvolvimento espiritual envolve a promoção da liberdade de crença, religiosa e de consciência, com valorização da família, preservação das crianças, vedação ao embaraço e combate à intolerância religiosa. Por um pensamento universal que destaque os valores de liberdade de crença e religiosa nos documentos internacionais, promovendo integralmente, desde a concepção, o direito à vida.

Quanto ao desenvolvimento econômico, Tomás de Aquino ensinou que é impossível o desenvolvimento das virtudes em um ambiente de miséria. Sabemos que a mão pesada do Estado, o excesso de burocratização e a falta de atualização dos sistemas de ensino têm contribuído para a perpetuação de gerações que não conhecem o fruto do próprio trabalho. Aqui, nosso objetivo será debater e desenvolver soluções para trazer uma cultura de livre mercado e liberdade econômica para o Brasil, demonstrando a importância das liberdades religiosa e de crença nesse contexto.

O congresso do IBDR será na modalidade híbrida. O participante, no momento da inscrição, poderá optar entre a modalidade presencial e virtual ou, ainda, no caso da presencial, terá a opção de participar do jantar comemorativo de quatro anos do IBDR. Todos os participantes terão certificado de participação de 8 horas, emitido de forma virtual e enviado ao e-mail cadastrado. Acesse o site do congresso e faça já sua inscrição.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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