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Hoje, 8 de outubro, é o Dia Nacional do Nascituro: uma data importantíssima para a promoção e defesa da vida desde a concepção. Durante a Semana Nacional de Defesa e Promoção da Vida, em todo o país, palestras, eventos, campanhas e outras ações foram e estão sendo dedicadas à defesa da vida inocente no momento de maior vulnerabilidade — momento pelo qual todos nós já passamos.
Em atenção a esta data, vamos celebrar os loucos.
Louvemos o louco do padre, do pastor e do religioso que dedicam sua vocação e ministério para defender aquele que, amanhã, pode até mesmo tornar-se ateu, inimigo ferrenho de Deus e da religião. Há um desses que está devendo valores que nunca teve, condenado a pagar enormes quantias em razão de ter ingressado com ações judiciais em favor de um nascituro.
Enalteçamos as donas de casa, malucas que sacrificam seus compromissos familiares para participar de marchas, distribuir panfletos, enviar e-mails, mensagens eletrônicas ou simplesmente permanecer em alguma esquina orando pela vida de pessoas que elas nunca sequer irão conhecer.
Glorifiquemos advogados tresloucados que manejam as mais variadas ações judiciais em prol de clientes que não lhes pagarão um tostão sequer em honorários; médicos e enfermeiros que “não batem bem da cabeça” e renunciam ao valor de suas consultas para atender os casos mais excêntricos, em horários e lugares os mais bizarros possíveis.
Exaltemos profissionais liberais e empresários completamente perturbados do juízo, que empregam seus esforços, tempo e dinheiro para ajudar uma causa que não traz resultados visíveis nem retorno monetário às suas atividades.
Lembremo-nos de homens e mulheres completamente doidos que entregaram suas vidas à gestão de associações ou ONGs que — ao contrário de seus opositores — nunca receberam ajuda monetária de organismos estrangeiros ou do governo. Passam dias e noites se arriscando para salvar vidas que, em sua grande maioria, não irão agradecê-los nem sequer conhecê-los. Sabemos de uma delas que, atualmente, deve vinte e cinco mil reais a um hospital porque salvou um bebê — sinal evidente de loucura.
Comemoremos magistrados, promotores, defensores e outros servidores públicos insanos que arriscam suas carreiras para defender a Verdade e, por isso, respondem a processos administrativos e são totalmente alijados de qualquer chance de promoção em seus órgãos.
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Aclamemos aqueles que, de forma desajuizada, se embrenharam na política para elaborar leis que protejam pessoas que estão longe da idade de serem seus eleitores e que, inclusive, podem vir a integrar o espectro oposto.
E o que dizer dos jornalistas delirantes que defendem a Verdade da Vida e que, por isso, têm dificuldade para trabalhar na maioria das mídias; dos policiais que insistem em investigar o contrabando de fármacos abortivos e são ridicularizados pelos colegas; e dos professores que vão contra a “vibe” dos alunos e lhes expõem a realidade do que é o aborto? Dentre estes, conhecemos um ateu marxista materialista que, apesar de sua crença (ou da falta dela), defende a vida em uma universidade pública tomada pelo relativismo. Certamente, é um maluco.
Enfim, elencar todas as ocupações aqui seria impossível, mas, graças a Deus, vocês, malucos, existem.
De fato, para as pessoas do mundo, vocês não passam de tolos ingênuos que não sabem se dar bem e que perdem oportunidades por causa de uma “causa estúpida” e sem importância.
No entanto, os valores e a lógica do mundo não se comparam à sabedoria divina, que considera as realizações e os parâmetros mundanos insignificantes e enganadores.
Em suas cartas à comunidade de Corinto, Paulo nos ensina que “a sabedoria do mundo é loucura diante de Deus”. Refletindo sobre o binômio “sabedoria-loucura”, o discurso paulino parte da contradição da cruz e se amplia para toda a existência cristã. Viver em Cristo significa assumir, em tudo, a novidade da vida que Ele pregou e anunciou com sua cruz — mesmo que isso possa parecer paradoxal e escandaloso no mundo em que vivemos.
Aos olhos do mundo, loucos. Aos olhos de Deus, filhos sábios que protegem Seus santos inocentes.
Deus abençoe todos os nossos loucos pró-vida.




