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Danilo de Almeida Martins

Danilo de Almeida Martins

Hipocrisia política

“Om Shanti Shanti Shanti”: Gandhi e a contradição da fúria abortista da esquerda

Hipocrisia política: Gandhi falava sobre o respeito sagrado à vida, mas Lula e Dilma usaram seu nome enquanto defendiam políticas pró-aborto. (Foto: Joseph John Elliott/Clarence Edmund Fry/Wikimedia Commons)

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Hoje, dia 02 de outubro, é o Dia Internacional da Não Violência, em homenagem a Mahatma Gandhi, líder indiano, ícone e exemplo para várias pessoas por ter conduzido a luta pela independência da Índia por meio de uma resistência pacífica e não violenta.

Mohandas Karamchand Gandhi tornou-se símbolo mundial da paz e dos direitos humanos e influenciou gerações. Líderes na luta por direitos civis, como Martin Luther King Jr. e Nelson Mandela, já reconheceram Gandhi como fonte de inspiração em suas vidas.

Entretanto, alguns apenas se aproveitam de seu legado e o utilizam para se autopromover, fazendo-se passar por pessoas que seguem seus princípios.

Nessa linha, um dos que já o citaram como exemplo foi nosso atual presidente. Em 2006, durante um comício, Lula disse que se inspirava em Gandhi para reagir com tranquilidade aos ataques do então candidato – e, hoje, seu vice – Geraldo Alckmin.

Dilma Rousseff também já se valeu da imagem de Gandhi ao depositar flores no lugar onde estão suas cinzas, em Nova Délhi, em março de 2012. Antes, em outubro de 2010, em um comício promovido por inúmeros artistas capitaneados por Chico Buarque e Oscar Niemeyer, Leonardo Boff equiparou Lula e Dilma ao líder espiritual hindu, pois, segundo o próprio Boff, os dois cuidam amorosamente do povo brasileiro.

Caso essas ações fossem praticadas hoje, talvez seus autores fossem inseridos no famoso Inquérito das Fake News, o 4781, do STF.

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De fato, ao menos no que diz respeito à defesa da vida, pode-se afirmar – sem sombra de dúvidas – que Lula e Dilma passam longe dos princípios que Gandhi promovia.

A crença fundamental de Mahatma Gandhi baseava-se no conceito hindu de Ahimsa, uma filosofia alicerçada na não violência que respeita a vida em todas as suas formas e etapas, considerando-a como algo sagrado, cuja interrupção se configura como um ato de injustiça.

O próprio mantra em sânscrito que intitula este artigo é uma invocação para a paz em três níveis: no corpo e na mente do indivíduo, no mundo e no plano espiritual. Tais princípios, em comunhão com a Ahimsa, o Karma e a reencarnação, revelam que o ciclo da vida é sagrado e interrompê-lo é um ato grave que deve ser evitado.

Diversamente, Lula e Dilma sempre pautaram suas administrações pela promoção do aborto. No antigo “Blog da Vida”, da Gazeta, Jônatas Lima fez um importante apanhado dessas violações da presidente Dilma, e nós, aqui, já elencamos várias do atual governo de Lula.

E isso é evidente. Promover a dilaceração de um minúsculo corpo de uma pessoa inocente e indefesa, cortando-o em partes, aspirando-o aos pedaços ou queimando-o quimicamente através da assistolia fetal, não parece conduta de quem é adepto da Não Violência, a Ahimsa hindu.

Ao que tudo indica, então, essas referências a Gandhi não passaram de um simples fingir adesão às ideias de um líder espiritual apenas para capitalizar votos. Pura dissimulação ou, na linguagem atual, fake news.

O hinduísmo, com aproximadamente 1,2 bilhão de adeptos no mundo, é a terceira maior religião do planeta, atrás apenas do Cristianismo e do Islamismo. Respeitar a memória de um de seus maiores expoentes é o mínimo que se pode esperar de nossos representantes.

Aos hinduístas, então, fica nosso pedido de perdão.
Namastê.

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