A Advocacia-Geral da União (AGU) atua para remover críticas contra a primeira-dama Janja nas redes sociais e notificou a Meta (Facebook, Instagram e Threads) e o TikTok para que retirem, em até 24 horas, conteúdos considerados "fake news". Segundo o governo, as publicações espalham uma falsa história de que Janja teria sido detida na Rússia com 200 malas cheias de dinheiro desviado do INSS, transportadas em avião da FAB, o que teria causado um incidente diplomático.A notificação, feita pela Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia (PNDD), alega que as postagens atentam contra a legitimidade da missão diplomática brasileira e têm potencial de comprometer a estabilidade institucional. Caso as plataformas não cumpram a ordem, podem ser responsabilizadas por “omissão culposa”.
A viagem de Janja à Rússia e China também gerou controvérsia após ela, segundo relatos, reclamar diretamente ao ditador Xi Jinping sobre o algoritmo do TikTok, supostamente favorecendo conteúdos da direita. Lula tentou minimizar o episódio e disse que ele próprio havia feito o comentário.
Janja acusa machismo após repercussão de fala polêmica sobre TikTok
Janja criticou nesta quarta-feira (14) a repercussão de sua fala sobre o TikTok durante uma reunião com o ditador chinês Xi Jinping. Janja teria reclamado diretamente a Xi que o algoritmo da plataforma favorece conteúdos da direita, o que teria causado constrangimento relatado por ministros da comitiva brasileira. Xi Jinping teria respondido dizendo que o Brasil tem o direito de regular ou banir o TikTok.
Em entrevista à CNN Brasil, ela afirmou ter sido vítima de machismo e misoginia após o vazamento da conversa para a imprensa, e criticou inclusive o engajamento de mulheres na repercussão negativa. A polêmica reacende o histórico de falas controversas da primeira-dama. Em novembro de 2024, Janja xingou Elon Musk durante o G20 Social e fez um comentário infeliz sobre o autor do atentado na Praça dos Três Poderes, dizendo que o “bestão acabou se matando com fogo de artifício”.
Oposição diz que Janja envergonha o Brasil
Deputados da oposição criticaram duramente a atuação da primeira-dama Janja durante viagem oficial à China, após mais um episódio que consideram constrangimento internacional. Segundo eles, Janja age com estrelismo, militância ideológica e falta de preparo, prejudicando a imagem do Brasil no exterior. O deputado Sanderson (PL-RS) classificou a atuação da primeira-dama como “desastrosa” e afirmou que sua presença nas viagens virou sinônimo de marketing e amadorismo.
STF condena Carla Zambelli a 10 anos de prisão e perda do mandato
A Primeira Turma do STF condenou por unanimidade a deputada Carla Zambelli (PL-SP) a 10 anos de prisão em regime fechado, perda do mandato e multa de R$ 2 milhões por envolvimento na invasão do sistema do CNJ em janeiro de 2023. O hacker Walter Delgatti Neto, apontado como executor da invasão, também foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão. Ambos se tornaram inelegíveis por 8 anos.
Segundo a acusação, Delgatti, a mando de Zambelli, inseriu um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes com o objetivo de desacreditar o Judiciário. A defesa de Zambelli alegou perseguição política e tentou suspender o julgamento com base na imunidade parlamentar, o que foi rejeitado. A decisão ainda cabe recurso em forma de embargos de declaração, sem alteração do mérito da condenação.
STF forma maioria e nega recurso de Braga Netto
A Primeira Turma do STF formou maioria para rejeitar o recurso apresentado pelo ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto (PL), que tentava anular vídeos exibidos por Alexandre de Moraes durante a sessão que o tornou réu por tentativa de golpe de Estado. Os vídeos mostravam não apenas os atos de 8 de janeiro de 2023, mas também episódios anteriores, como a tentativa de invasão da sede da PF e o atentado a bomba no aeroporto de Brasília em dezembro de 2022.
A defesa alegou que os vídeos extrapolam os limites da acusação formal, já que os episódios de dezembro não constam na denúncia da PGR. Moraes, no entanto, defendeu o uso das imagens por comporem o contexto da denúncia de tentativa de golpe. Votaram com Moraes as ministras Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Flávio Dino e Luiz Fux têm até sexta-feira (16) para votar.
Homicídios de mulheres e crianças de até 4 anos crescem no Brasil
Apesar da redução geral dos homicídios no Brasil, o número de mulheres, bebês e crianças de até 4 anos assassinados aumentou em 2023, segundo o Atlas da Violência. O país registrou 3.903 homicídios de mulheres no ano passado, o maior número desde 2018 — o que representa 10 mulheres mortas por dia. Estima-se que 1 em cada 3 casos seja feminicídio, geralmente relacionados à violência doméstica.
Também foi registrado um aumento de 15,6% nos homicídios de bebês e crianças de até 4 anos, atingindo 1,2 morte por 100 mil habitantes, o maior índice desde 2020. Apesar de o número ainda ser menor que o de uma década atrás, os especialistas alertam para o crescimento recente e seu vínculo com a violência dentro de casa.
A pesquisadora Manoela Miklos, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, afirma que o cenário exige ações urgentes de políticas públicas, especialmente nas regiões com os índices mais elevados.
Exilados do 8 de Janeiro: marido relata tratamento desumano sofrido pela esposa em presídio
O advogado aposentado Luiz Manzano dará uma entrevista comovente nesta quinta-feira ao programa Entrelinhas, na qual relatará o drama vivido por sua esposa, Fátima Aparecida Pleti. Condenada a 17 anos de prisão por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023, Fátima — mãe, avó e sem antecedentes criminais — foi enviada ao presídio feminino Colmeia, no Distrito Federal, onde, segundo Manzano, sofreu tortura física e violência emocional. Atualmente exilada na Argentina, ela decidiu tornar público o que viveu no cárcere, enquanto sua família lida com as consequências emocionais da prisão. A entrevista que promete trazer à tona detalhes ainda desconhecidos sobre o tratamento dado às mulheres presas após os atos de janeiro.
Confira os destaques no cenário político no Programa Entrelinhas hoje, às 15h, no canal do Youtube da Gazeta do Povo. Não perca!




