No programa Entrelinhas, saiba como foi a cobertura da manifestação realizada neste domingo (7) na Avenida Paulista, em São Paulo. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) elevou o tom das críticas e pressiona Hugo Motta (Republicanos -PB) e ao Congresso pela anistia. O ato reuniu cerca de 400 mil pessoas, segundo estimativas dos organizadores, e teve como principal pauta a defesa da anistia aos presos pelo de 8 de Janeiro.
Durante seu discurso, Bolsonaro endureceu o tom para pressionar o Congresso e contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstrando uma postura mais incisiva do que em manifestações anteriores. Ele defendeu o projeto de lei da anistia, atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados, e afirmou que a prerrogativa de conceder anistia é exclusiva do Congresso Nacional. "Se o Congresso votar, sancionar ou até mesmo promulgar após um veto, vale a anistia", afirmou.
O ato contou com a presença de sete governadores:
- Romeu Zema (Novo) – Minas Gerais
- Tarcísio de Freitas (Republicanos) – São Paulo
- Jorginho Mello (PL) – Santa Catarina
- Ronaldo Caiado (União) – Goiás
- Wilson Lima (União) – Amazonas
- Ratinho Junior (PSD) – Paraná
- Mauro Mendes (União) – Mato Grosso
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro teve papel de destaque no evento. Em um gesto simbólico, pediu às mulheres que levantassem seus batons como símbolo da luta pela liberdade e anistia, em referência ao caso de Débora Rodrigues dos Santos, cabeleireira presa por mais de dois anos por usar batom para pichar a estátua da Justiça no STF, durante os protestos.
O pastor Silas Malafaia, também presente, criticou duramente o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), acusando-o de atuar contra a tramitação do projeto de anistia. "Você está envergonhando o honrado povo da Paraíba", declarou.
O principal objetivo da manifestação foi mobilizar apoio político no Congresso em favor do projeto de anistia, que poderia beneficiar não apenas os manifestantes presos, mas também Bolsonaro e seus aliados, que enfrentam acusações como tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano ao patrimônio da União e destruição de bens públicos tombados.
Mercados globais derretem após novas tarifas dos EUA, e B3 recua 1,55%
A B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, abriu em leve queda de 0,02% nesta segunda-feira (7), por volta das 10h20, mas despencou rapidamente para 1,55% em menos de dez minutos, acompanhando as fortes baixas nas bolsas asiáticas e europeias. Pouco depois, a Bolsa de Nova York também abriu em queda acentuada, acima de 3%.
O movimento reflete a instabilidade nos mercados globais, provocada pelas novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, anunciadas na semana passada pelo ex-presidente Donald Trump. Esta é a primeira segunda-feira útil sob as novas regras tarifárias americanas, que afetam dezenas de países.
Na Ásia, os principais índices fecharam em forte queda. O Nikkei 225, de Tóquio, caiu 7,68%, após recuar até 9% durante o pregão — seu pior nível desde novembro de 2023. China e Hong Kong também registraram perdas significativas.
No Brasil, o dólar iniciou o dia com alta de 1%, cotado a R$ 5,895 por volta das 9h30, antes de recuar levemente para R$ 5,87. Na última sexta-feira (4), a moeda havia fechado em R$ 5,83, acumulando alta de 3,68% diante do temor de uma recessão global, intensificado pela retaliação anunciada pela China contra os EUA.
STF exclui receitas próprias do Judiciário do limite do novo arcabouço fiscal
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, neste sábado (5), para excluir as receitas próprias do Judiciário federal do limite de despesas imposto pelo novo arcabouço fiscal. A ação foi movida pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que contestou o enquadramento dessas receitas no teto de gastos da nova regra.
O julgamento, realizado no plenário virtual, havia sido suspenso em fevereiro por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. Antes da suspensão, os ministros Alexandre de Moraes (relator), Dias Toffoli e Edson Fachin já haviam votado a favor da exclusão.
Em seu voto, Moraes afirmou que a medida valoriza a autonomia entre os Poderes, ao retirar as receitas próprias do Judiciário da base de cálculo dos limites fiscais estabelecidos pela nova legislação.
Piora na economia é percebida por 55% dos brasileiros, aponta Datafolha
A percepção de que a economia brasileira piorou cresceu expressivamente nos últimos quatro meses, atingindo o maior nível desde o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo pesquisa Datafolha divulgada neste fim de semana, 55% dos brasileiros avaliam que a situação econômica piorou — um salto de 10 pontos em relação à última sondagem, feita em dezembro.
A insatisfação é puxada pela alta nos preços dos alimentos e o avanço da inflação, fatores que têm pressionado o orçamento das famílias. Em contrapartida, o número de pessoas que acham que a economia permaneceu igual caiu de 31% para 23%, e os que acreditam em melhora passaram de 22% para 21%.
O levantamento ouviu 3.054 pessoas em 172 municípios entre os dias 1º e 3 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Arthur Lira compra mansão de R$ 10 milhões no Lago Sul após deixar presidência da Câmara
Após deixar a presidência da Câmara, o deputado federal Arthur Lira (PP) comprou uma mansão avaliada em R$ 10 milhões no Lago Sul, área nobre de Brasília. A aquisição foi feita em 31 de janeiro deste ano. Para fechar o negócio, Lira financiou R$ 7 milhões no Banco de Brasília (BRB) e deu R$ 3 milhões de entrada.
O imóvel tem 833 m², dois andares, piscina e sistema de segurança reforçado. Estima-se que o parlamentar pague mais de R$ 100 mil por mês nas parcelas do financiamento. A casa foi comprada do empresário Leonardo Nogueira Valverde de Morais, que havia adquirido o imóvel em 2011 por R$ 3,6 milhões. As informações são do site Metrópoles.
Acompanhe os principais destaques do dia no Entrelinhas! O programa vai ao ar de segunda a sexta, às 15h30, no canal do YouTube da Gazeta do Povo, sob o comando de Mariana Braga e Felipe Junker. A análise fica por conta da comentarista Desirée Peñalba e do analista político Gabriel César. Não perca!
