Hoje (17), o programa Entrelinhas destaca o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro ao ministro Alexandre de Moraes pela anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, alegando que ele mentiu em depoimento e violou o sigilo do acordo. A petição foi motivada por reportagem da Veja que revelou o possível uso de um perfil falso no Instagram para repassar informações sigilosas. Cid nega ser o autor das mensagens e afirma que a reportagem é falsa. Moraes determinou que a Meta forneça dados sobre o perfil investigado.
Cid teria enviado selfie para provar uso de perfil falso
Mensagens trocadas no Instagram revelam que o tenente-coronel Mauro Cid teria utilizado o perfil falso @gabrielar702 para se comunicar com o advogado Eduardo Kuntz, defensor de Marcelo Câmara — réu no processo que investiga uma tentativa de golpe de Estado.
Segundo Kuntz, para provar que era realmente ele por trás do perfil de nome feminino, Cid enviou uma selfie fazendo “joinha” por meio de imagem de visualização única. As conversas teriam ocorrido nos primeiros meses de 2024, conforme requerimento enviado ao ministro Alexandre de Moraes (STF). A revelação veio dias após a revista Veja divulgar prints do perfil @gabrielar702. Diante disso, Moraes mandou a Meta informar ao STF os dados cadastrais da conta. A defesa de Mauro Cid nega a veracidade das mensagens atribuídas a ele.
PF pede indiciamento de Bolsonaro, Carlos e Ramagem por "Abin paralela"
A Polícia Federal pediu ao STF o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e do deputado Alexandre Ramagem por suposto envolvimento em um esquema de espionagem ilegal, a chamada “Abin paralela”. Segundo a PF, cerca de 30 pessoas participaram da operação que teria monitorado autoridades e jornalistas durante o governo Bolsonaro. O caso será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Moraes colocará Cid e Braga Netto frente a frente em acareação
Moraes (STF) autorizou uma acareação entre o general Walter Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid, marcada para o dia 24 de junho, às 10h, na sede da Polícia Federal, em Brasília. A medida foi solicitada pela própria PF para esclarecer contradições entre os depoimentos dos dois no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado no fim do governo Bolsonaro.
Mauro Cid, que firmou delação premiada, afirmou que Braga Netto participou de reuniões com Bolsonaro e outros aliados para discutir medidas antidemocráticas, incluindo uma minuta de decreto para interferência militar no processo eleitoral. Braga Netto, por sua vez, nega qualquer envolvimento com essas articulações e contesta a versão de Cid. Segundo Moraes, o confronto entre os dois é necessário diante da “divergência substancial” nas declarações, especialmente sobre o conhecimento e a participação de Braga Netto nas tratativas golpistas.
Motta dá fôlego ao governo e adia decisão sobre IOF
A Câmara dos Deputados aprovou com 346 votos a favor e 97 contrários o regime de urgência para o projeto que susta o decreto do governo Lula que elevou o IOF. A medida acelera a tramitação, permitindo votação no plenário sem passar por comissões. Porém, o presidente da Câmara, Hugo Motta, chegou a um acordo com o Planalto para adiar a votação do mérito, dando tempo ao governo para negociar alternativas fiscais. Motta também se reuniu com Lula, Gleisi Hoffmann e Rui Costa, reforçando o desgaste da base legislativa e pressionando por cortes de gastos e liberação de emendas.
O programa Entrelinhas vai ao ar às 15h pelo canal do Youtube da Gazeta do Povo, não perca!
