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Entrelinhas

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Notas sobre política e variedades. Edição: Mariana Braga (marianam@gazetadopovo.com.br)

Entrevista

Bolsonaro prioriza renovação do Senado, destaca Alberto Neto

Capitão Alberto Neto
(Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados)

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O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) refletiu, em entrevista à coluna Entrelinhas, sobre seu papel na candidatura ao Senado em 2026, indicada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar analisou a atual gestão de Lula e apontou para a necessidade de uma renovação na Casa para garantir que o país "retome o rumo da estabilidade e crescimento".

"O presidente Bolsonaro sempre disse que a mudança no Brasil depende da maioria no Congresso, especialmente no Senado. O Brasil precisa de um Senado forte, que tenha coragem de enfrentar o Supremo Tribunal Federal (STF) e de garantir a harmonia entre os poderes", avaliou o deputado. Segundo Neto, o ex-presidente reafirma a importância de conquistar a maioria no Legislativo para conseguir implementar as demandas da Oposição.

Depois de uma acirrada disputa para a prefeitura de Manaus no ano passado, Neto reforçou que a candidatura ao Senado Federal foi uma "decisão de grande responsabilidade". "Após a dura derrota para a prefeitura, saímos mais fortes politicamente. A direita está crescendo no Amazonas e em todo o Brasil, e estou pronto para representar meu estado no Senado. Nossa luta é pela mudança, pela renovação e pela retomada do país", declarou.

"O Norte é onde está a maior pobreza do Brasil"

Em seguida, Neto trouxe à tona as dificuldades enfrentadas pela população local, que vive em uma das áreas mais pobres do Brasil. "O Norte, principalmente em suas regiões mais isoladas, enfrenta a maior pobreza do Brasil. Não temos acesso à educação, saúde ou qualquer estrutura básica. A população está isolada, sem a possibilidade de explorar as riquezas locais", explicou.

O parlamentar destacou as vastas riquezas naturais da Amazônia, que, segundo ele, poderiam ser mais bem exploradas para beneficiar não só o Norte, mas todo o Brasil. "Temos a floresta amazônica, a maior fonte de gás terrestre do Brasil, ouro, diamante, a maior biodiversidade do planeta e o maior aquífero também. São riquezas que poderiam ajudar a melhorar a vida da população da região Norte e de todo o país", ressaltou.

Manaus receberá, neste ano, o maior congresso conservador do mundo, chamado pelo nome em inglês, Conservative Political Action Conference (CPAC). Alberto Neto destacou que o evento ajudará a trazer os holofotes para os problemas da região e será um contraponto à Conferência das Partes, a COP-30, que será sediada no Pará.

Neto é contra o "ambientalismo extremista" na região

Neto se posicionou contra o que chamou de “ambientalismo extremista”, defendendo que um desenvolvimento sustentável na região Norte é possível, sem as imposições que, na visão dele, prejudicam a economia local. "Um desenvolvimento sustentável é possível sim, mas sem essa agenda radical. O Brasil não pode ser condenado à miséria enquanto o mundo se desenvolve", afirmou.

Ele citou exemplos de países como a Alemanha e a França, que, segundo ele, conseguiram alcançar desenvolvimento econômico e qualidade de vida, mesmo com práticas ambientais que não seguem à risca o modelo defendido por algumas organizações internacionais. "O CPAC será uma grande oportunidade para fortalecer a direita. Também para atualizar as pautas conservadoras e apresentar soluções práticas para a Amazônia, longe da agenda radical que quer prejudicar o desenvolvimento da nossa região", declarou.

Manaus é estratégica para a direita

De acordo com o deputado, a cidade de Manaus tem se destacado como um ponto estratégico no cenário político brasileiro. Isso acontece, segundo ele, desde a eleição de Jair Bolsonaro, que obteve 65% dos votos na capital amazonense. O congressista declarou, que, "em Manaus, a esquerda não se cria". Conforme Alberto Neto, cada vez mais, a capital tem se aproximado do campo político conservador. “A cidade tem mostrado uma tendência de guinar para a direita", opinou o parlamentar.

A crise econômica e a desaprovação de Lula

Neto ainda afirmou que a crise econômica tem sido a principal motivação para o crescimento do apoio à direita. "A economia tem sido o tema central das campanhas presidenciais desde sempre, e agora, mais do que nunca, a população sente na pele os efeitos da inflação", comentou. O deputado ainda opinou que os preços altos impedem as pessoas de comprarem "o básico". "O brasileiro sente que a mudança precisa vir, e é isso que estamos tentando proporcionar com nossa candidatura ao Senado", destacou.

Dessa forma, o parlamentar também avaliou que o atual presidente tem falhado em suas promessas e não tem condições de governar o Brasil. "Lula está chegando aos 80 anos, seu governo está descontrolado e ele está perdendo apoio, especialmente quando vemos o desperdício de dinheiro público com viagens da primeira-dama, enquanto a população não consegue nem comprar comida", apontou.

O deputado concluiu que, nesse cenário, as eleições de 2026 tendem a ser favoráveis para a eleição de Jair Bolsonaro e para a renovação do Legislativo, colocando a direita como maioria no Congresso.

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