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O deputado federal Mário Frias (PL-SP) voltou a tecer críticas ao filme "Ainda Estou Aqui" na rede social X (ex-Twitter). Em uma publicação, o parlamentar afirmou que a produção cinematográfica seria uma "peça de propaganda e desinformação comunista", em vez de um enriquecimento da cultura nacional. Para Frias, que foi secretário especial de Cultura durante o governo Bolsonaro, o que "não está enriquecendo a cultura nacional está destruindo ela (sic)", explicou.
Segundo o deputado, o filme representa "a antítese da arte" e utiliza "mera técnica de manipulação psicológica". Frias também defendeu que "uma das piores coisas que um suposto defensor da arte pode fazer é separar o princípio estético do princípio moral". O posicionamento do parlamentar veio após a indicação de Fernanda Torres ao Oscar de melhor atriz.
Quando Fernanda venceu o Globo de Ouro pela mesma categoria no início do ano, Frias criticou a postura de políticos e influenciadores de direita que celebraram a conquista da atriz. Segundo ele, a elite que produziu o filme "dá sustentação à barbárie que acontece no Brasil", em referência aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
O deputado lembra que, a despeito da fragilidade jurídica que subsidia as severas penas decretadas aos manifestantes do 8 de janeiro, os produtores do filme inspirado na ditadura militar não fazem qualquer referência às semelhanças entre os presos atuais e os daquela época.
A película ganhou recentemente maior projeção internacional: "Ainda Estou Aqui" foi indicado ao Oscar 2025 em três categorias: Melhor Atriz para Fernanda Torres, Melhor Filme Internacional e Melhor Filme. Esta é a primeira vez que um longa brasileiro concorre na principal categoria da premiação. O anúncio oficial foi feito pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas na última quinta-feira (23). A cerimônia do Oscar está marcada para 9 de março de 2025, na cidade de Los Angeles, na Califórnia.
Conteúdo editado por: Mariana Braga





