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O grupo de advogados Prerrogativas anunciou na quarta-feira (15) que tomará medidas contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) junto ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Motivados pela repercussão recorde do vídeo publicado pelo parlamentar no qual ele critica a fiscalização do Pix, o grupo articula com a bancada do PT um pedido de cassação do mandato e avalia possíveis medidas criminais contra o deputado.
À coluna Entrelinhas, Nikolas Ferreira rebateu as acusações e criticou a atuação do grupo. “O grupo Prerrogativas possui uma postura marcadamente partidária, com foco não em questões jurídicas imparciais, mas na defesa de interesses do governo ao qual estão alinhados”, afirmou. O deputado interpretou como “lamentável” que ferramentas jurídicas estejam sendo utilizadas como “instrumentos para silenciar parlamentares de oposição”. Ele destacou que o uso de inquéritos e acusações para criminalizar a oposição tem sido uma prática recorrente no atual governo que, dessa forma, "limita o livre exercício da função parlamentar". O vídeo do Pix de Ferreira já acumula mais de 300 milhões de visualizações até o momento.
O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, também se manifestou, classificando o vídeo do Pix como uma “arma nas mãos de pessoas inescrupulosas”. Ferreira, por sua vez, defendeu o conteúdo publicado: “O vídeo divulgado traz informações verdadeiras que devem ser conhecidas pela sociedade. Quando nas mãos de pessoas comprometidas com o bem-estar do país, essas informações servem para alertar e informar a população”. O parlamentar rechaçou a ideia de que o conteúdo tenha “caráter irresponsável ou prejudicial”, reafirmando que ele cumpre seu papel em “esclarecer fatos relevantes”.
Acusado de prejudicar a fiscalização tributária, o deputado negou as alegações e afirmou que seu objetivo foi proteger os interesses dos cidadãos. “Não há fundamento nas acusações de que o vídeo tenha causado prejuízos à fiscalização tributária ou disseminado pânico. A iniciativa visou impedir que medidas prejudiciais ao cidadão brasileiro fossem implementadas pelo governo”, declarou. Nikolas Ferreira concluiu dizendo que seu objetivo foi “proteger os interesses da população, trazendo à tona ações que poderiam comprometer sua segurança financeira e social”.





