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O debate sobre a regulamentação do serviço de mototáxi por aplicativos em São Paulo tem ganhado força na Câmara Municipal, com o vereador Lucas Pavanato (PL) articulando apoio para seu projeto de lei que propõe a liberação da atividade na cidade, e foi protocolado há duas semanas. Na manhã desta segunda-feira (3), motociclistas realizaram uma segunda manifestação em frente à Câmara Municipal para pressionar os vereadores pela regulamentação do serviço. O ato contou com a presença de representantes da categoria e do próprio Pavanato, que reafirmou seu compromisso com a causa.
Pavanato tem dialogado com outros parlamentares para aprovação da medida e destacou à coluna Entrelinhas que há receptividade à proposta. "Estou conversando com outros vereadores, a maioria que eu converso tem a simpatia por liberar o projeto, mas existe um consenso praticamente que deve haver alguma regulamentação. A Câmara volta a funcionar nesta semana, então espero ter esse momento de proximidade com os vereadores para trazer o tema mais à tona", contou. O vereador também mencionou a pressão de representantes dos motoristas de aplicativo para que a pauta avance.
Nas redes sociais, Pavanato reforçou a defesa da proposta e rebateu críticas sobre possíveis impactos na segurança do trânsito. "É mentira que os aplicativos aumentariam os acidentes. Em Fortaleza, entre 2014 e 2023, a frota de motos cresceu 46%, enquanto as mortes em acidentes com motocicletas caíram 41,8%", escreveu no X. Ele ainda argumentou que as plataformas oferecem mecanismos de monitoramento, punição de condutores infratores e estatísticas que ajudam na prevenção de acidentes.
O vereador destacou, ainda, os benefícios econômicos da regulamentação. "Estima-se que a alternativa geraria 8 mil novos empregos e acrescentaria R$ 291 milhões na renda das famílias. O impacto no PIB seria de 597 milhões e na produção de 1,2 bilhão", apontou. Para ele, a atual proibição "fere o princípio da liberdade econômica" e prejudica principalmente os moradores das periferias, que perdem uma opção de transporte acessível. A expectativa é que o tema entre na pauta das próximas sessões legislativas, onde será debatido pelos parlamentares. Pavanato acredita que a mobilização da sociedade e dos trabalhadores será fundamental para que o projeto avance na Casa.
Conteúdo editado por: Mariana Braga





