Nessa semana encerramos a coleta de histórias para a produção de reportagens sobre as demandas regionais no estado, projeto da Gazeta do Povo chamado de Expedição Paraná. Foram quase 30 dias na estrada para conhecer pessoas que vivem no dia a dia os principais problemas a serem enfrentados por quem se eleger em outubro deste ano como governador do Paraná e presidente da República. Rodamos 5,1 mil quilômetros pelas 11 regiões. Mas vivemos uma experiência que não é mensurável.
Um dos encantos da nossa profissão como repórteres é nos aproximar do outro revestidos de um personagem: o jornalista. Com isso, fazemos perguntas que levam os entrevistados a reconstituir uma história e vivenciá-la novamente ao falar dela. De lambuja, nos participamos de fatos e emoções que não viveríamos se não estivéssemos ali para reproduzir essa história no jornal.
Neste período, deu muita saudade de casa e até da zoeira e do barulho da redação da Gazeta. De outro lado, demos muitas risadas com cada um que nos recebeu em casa ou no trabalho para conversar. Tivemos muita simpatia e disponibilidade sempre que precisamos de informação. Também enchemos o olho d`água em alguns casos. Confesso que chorei copiosamente ao tentar agradecer a gentileza de uma mãe depois de nos receber na manhã de um domingo para falar do martírio que enfrentou para socorrer o filho de 20 anos, que teve um derrame cerebral.
O desafio a partir de agora é juntar os dados coletadas sobre cada região com as histórias que conhecemos na viagem. A previsão é que a partir de agosto esse material seja apresentado na editoria de Vida Pública da Gazeta do Povo. Até lá, continuaremos a mostrar curiosidades encontradas durante a Expedição e o olhar apurado do fotojornalista Brunno Covello, meu companheiro nesta empreitada.
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