
Produtor cumpre sem dificuldade trabalho na lavoura, mas prevê preços baixos com o real valorizado

A tarefa de dessecar as plantas daninhas ou as coberturas verdes antes do plantio da safra de verão vem sendo desenvolvida regularmente em Goiás. Falta só plantar, mas os produtores mostram-se apreensivos. O problema, segundo eles, é a cotação do real frente ao dólar, que reduz a renda do setor a ponto de causar preocupação sempre que a moeda norte-americana fica abaixo de R$ 1,8.
Se o índice cair antes da colheita, a renda das lavouras pode ser pequena para cobrir custos e dívidas. Mesmo assim, poucos se arriscam a vender com antecedência. “Vendo sempre no início da safra. Tenho melhores preços que no forte da colheita”, conta Wilson Tartuci. Negócios no mercado futuro são raros. Os produtores dizem que há variáveis demais a serem monitoradas.

Tocantins
Mais ao Norte, os produtores de Tocantins também contam os dias para começar a semear soja. A oleaginosa ganha cada vez mais espaço no estado, fortemente apoiado na pecuária. Como o milho ainda não tem escoamento garantido nem armazéns suficientes, a saída tem sido investir na soja, que segue para exportação. A produtividade esperada para áreas que há dez anos eram consideradas improdutivas é de 3 mil quilos por hectare, conferiu a Expedição Safra.



