
Produtores gaúchos avançam na colheita confiantes em produto de qualidade superior


No Rio Grande do Sul, a Expedição encontra as colheitadeiras a todo vapor na colheita do trigo. O estado colhe o cereal com a esperança de preencher uma lacuna deixada pelo Paraná na oferta de trigo de boa qualidade. O trigo gaúcho não foi tão afetado quanto as lavouras paranaenses. O produto do Rio Grande também enfrentou problemas climáticos, como a geada e a chuva além da conta, no início e no final do ciclo, que reduzem o potencial produtivo. Mas produtores e cooperativas garantem que a qualidade obtida em algumas regiões é melhor do que no ano passado.
Na cooperativa Cotrijal, com sede em Não Me Toque, o diretor de produção, Gelson Melo de Lima, conta que boa parte das lavouras está rendendo trigo com pH 78, enquadrado como tipo 1, uma classificação típica do Paraná, não muito comum no Rio Grande do Sul. Devido à condições climáticas e agronômicas, o estado tem mais tradição e condições de produzir o cereal do tipo brando, de qualidade inferior. O produtor Jorge Stefanelo, de Cruz Alta, diz que o clima não poupou sua plantação, em final de colheita, que rende apenas 35 sacas/hectare, na média. Ele conta, porém, que está satisfeito com a qualidade e PH acima de 80.
Na safra atual os gaúchos plantaram uma área 10% menor, para 889 mil hectares. O Paraná ampliou em 14%, para 1,29 milhão de hectares. A produção nos dois estados deve ser 15% menor. O Brasil cultivou 2,44 milhões de hectares, um aumento de 2,1% diante dos 2,96 milhões do ano passado.



