Os 16 garotos de 11 a 16 anos da seleção infantil de canoagem têm em quem se espelhar no período de estágio que fazem na sede da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) em Curitiba. Os oitos meninos e oito meninas de seis estados dividem as raias do Parque Náutico do Iguaçu, no bairro Boqueirão, com os atletas postulantes a uma vaga olímpica nos Jogos Rio-2016, em agosto. Desde o ano passado, a seleção de caiaque treina na cidade.
“Muito mais importante do que a gente orientar esses meninos a se cuidarem, dormindo cedo e cuidando da alimentação, é eles verem atletas em busca de uma vaga olímpica fazendo isso”, ressalta Álvaro Koslowski, supervisor de canoagem velocidade da CBCa e coordenador do Programa Canoagem Brasileira 2024, que pretende capacitas esses meninos para a disputa da Olimpíada de 2024.
O técnico Figueroa Conceição Souza, que também trabalha no projeto e, há 11 anos, descobriu o maior nome da modalidade no país, o baiano Isaquias Queiroz, que conquistou dois ouros inéditos na prova de canoa no Mundial de Milão ano passado, ressalta que os meninos estão longe de casa, abdicando do convívio com a família e amigos, para buscar o sonho de ir a uma Olimpíada.
“Gosto de trabalhar com a base porque é gratificante, aqui você pode deixar uma marca na formação desses meninos como atletas”, ressalta o treinador, que também trabalhará com a seleção olímpica na Rio-2016.
Uma oportunidade que, segundo Roberto Maehler, 30 anos, nome mais cotado para representar o Brasil na prova de canoagem caiaque na Rio-2016 em agosto, as gerações anteriores a esses meninos não tiveram. “Se houvesse essa estrutura de hoje quando comecei, acredito que já teria uma medalha de Mundial”, sentencia o canoísta.
texto Marcos Xavier Vicente
Foto Albari Rosa
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