Talvez, uma das palavras mais em alta nas timelines das redes sociais e nas campanhas de conscientização seja humanidade. Mas o que eu tenho acompanhado é que, junto com a recorrência desse uso, cresceu, também, a banalização da palavra. Já não pensamos mais no que ela significa e na responsabilidade que temos ao incorporar essa característica em nossas vidas.
Para refrescar a memória do todo mundo, no dicionário, a palavra HUMANIDADE tem vários significados, desde definições mais objetivas, como “conjunto de características específicas à natureza humana”, até as mais subjetivas, como “sentimento de bondade, benevolência, em relação aos semelhantes, ou de compaixão, piedade, em relação aos desfavorecidos”. O que há de comum nelas é o ponto de referência, a relação com o ser humano enquanto espécie.
Ainda que possamos conhecer pessoas que não incorporam atitudes humanas em sua rotina, há, em contrapartida, instituições que tem a humanidade em seu DNA. É o caso do Pequeno Cotolengo, que tem sede em Curitiba, Paraná.
Fundado na Itália por São Luis Orione, o Pequeno Cotolengo chegou ao Brasil em 1965 e desde então tem atuado para dar acolhimento a “pessoas com deficiências múltiplas (físicas e intelectuais) de todas as idades e de qualquer região do estado do Paraná, que foram abandonadas por suas famílias, sofreram maus tratos ou viviam em situação de risco”[1]. A instituição, hoje, abriga cerca de 200 moradores que usufruem de serviços de educação e saúde.
Preocupada em manter a qualidade dos serviços prestados e buscando prevenir e combater atos que violem o caráter humanizado do trabalho do Pequeno Cotolengo, em 2019, a instituição implementou o Programa de Integridade. Um dos objetivos do Programa é garantir a transparência de suas ações (administrativas e sociais) e fortalecer os laços com os apoiadores da instituição.
Por essa ação, o Pequeno Cotolengo do Paraná recebeu o reconhecimento do 1º Prêmio Impulso de Boas Práticas no 3º Setor, em novembro do ano passado, na categoria Compliance e Análise de Riscos. Em autoanálise, a instituição acredita que, com o Programa, conseguirá integrar benefícios como a sustentabilidade do negócio e o fortalecimento da cultura organizacional.
Para conhecer mais sobre a prática premiada e sobre como contribuir para a manutenção do programa, acesse a página oficial do programa clicando aqui.
Sobre o Prêmio - Foram inscritas 256 práticas de 145 OSCs de todo o Paraná, divididas em 13 categorias. As Instituições que alcançaram nota acima de 7 foram certificadas como boas práticas e foram premiadas as que mais se destacaram em cada categoria.
*Artigo escrito por Anna Baratieri. Mãe, comunicadora e editora. Dedicou-se por 15 anos à docência na educação básica e hoje atua no ramo de materiais didáticos. Anna é colaboradora voluntária do Blog Giro Sustentável da Gazeta do Povo.
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[1] Disponível em:
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