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Olhando os indicadores sociais, o governo Trump deu mais emprego e renda aos menos favorecidos que seu antecessor, o imaculado Barack Obama. E agora?
Olhando os indicadores sociais, o governo Trump deu mais emprego e renda aos menos favorecidos que seu antecessor, o imaculado Barack Obama. E agora?| Foto: Pixabay

O “New York Times” disse que detectou uma movimentação de aliados de Donald Trump para forçar a eleição brasileira para o lado de Jair Bolsonaro. O “New York Times” é ridículo.

E sabe que é ridículo, mas mantém a pegada. É um jornal falido que vende verniz virtuoso para a burguesia se fantasiar de humanismo. Alguém está pagando essa pantomima, é claro, porque um grande jornal não vira um panfleto pueril e continua sendo um bom negócio.

O negócio é fingir que está combatendo o mal com roteiros pré-escolares. Isso valerá a pena (sic) até o dia em que a maioria do público entender e expressar a singeleza enunciada no parágrafo acima: o NYT não é “progressista”, “militante”, “rebelde”, etc – é só ridículo.

Estou à vontade para fazer essa crítica porque já deixei claro inúmeras vezes que considero a dicotomia caricatural direita x esquerda um elementar engano. Se “esquerda”, por exemplo, serve para classificar de João Pedro Stédile a Marc Zuckerberg (e pateticamente serve), o significado, a utilidade, a serventia desse conceito é zero. Aliás, a cada vez que alguém chama Zuckerberg de “esquerdista” ele ganha 1 milhão de dólares – nadando de braçada no bom e velho capitalismo.

O magnata do Facebook vende a mesma tralha “progressista” do NYT. Tem quem compre – e como tem.

Se o mundo tivesse dois lados ele seria chato. Tão chato quanto uma Terra plana. É isso: a dicotomia direita x esquerda é uma espécie de terraplanismo com banho de loja. Vamos fazer essa simplificação tosca para que cada um possa estufar o peito e dizer que está do lado do bem contra o mal, e vice-versa. Todos em busca do inimigo perfeito para chamar de seu. Que nem nas historinhas de super-herói.

Assim está o “New York Times” na sua demagogia ridícula. Vamos fingir que o Trump é a perfeita encarnação do mal e ficar jogando flechinhas de plástico nele para hipnotizar uns trouxas. E como tem trouxa. A graça de ser contra a “direita” é se fazer de bonzinho, altruísta e amigo do povo. Bem, olhando os indicadores sociais, o governo Trump deu mais emprego e renda aos menos favorecidos que seu antecessor, o imaculado Barack Obama. E agora? Estaríamos diante de uma maldade trans?

Vamos repetir: não há aqui a menor intenção de dizer que os Republicanos são melhores que os Democratas – que tiveram bons momentos, por exemplo, com John Kennedy e Bill Clinton, este último inclusive fiador de uma reforma monetária liberal no Brasil (que o álbum de figurinhas dizia na época que era “de direita”). Já vários Republicanos se juntaram à oposição desleal contra Trump, cujo governo desmentiu todas as projeções de xenofobia e autoritarismo. Que direita é essa? Qual é o lado? Vamos deixar para lá esse papo de sociólogo e chamar as coisas pelos seus nomes.

Cinismo, por exemplo. Essa palavrinha não precisa de tradutor pós-graduado em conversa fiada. Passar quatro anos fingindo que Trump ganhou as eleições em conluio com a Rússia – e na completa ausência de comprovação dessa tese continuar insistindo mecanicamente nela é cinismo.

Foi o que fez o NYT e boa parte da imprensa tradicional no mundo. Isso não a torna uma imprensa de esquerda contra a direita. Isso a categoriza, ao menos momentaneamente, como uma imprensa desprovida de boa-fé. Só isso.

Por que é tão urgente desmascarar essa guerrinha esquerda x direita? Porque ela é o maior trunfo dos hipócritas. No momento há um clube de ricos fantasiados de sensíveis e conscientes chamando de fake news tudo que não ecoa suas cartilhas falsamente virtuosas. Eles não estão combatendo a “direita”. Estão atentando contra a liberdade, em pele de cordeiro. Que tenham ao menos a dignidade de afrontar a democracia com a carranca do lobo mau.

Essa é a tese ridícula do NYT. Depois de uma eleição repleta de indícios de fraudes, em ocorrências cujo mérito a Justiça na maioria das vezes decidiu sequer examinar, saiu vencedor o candidato Democrata – o defendido pelo NYT, que agora diz que Trump está exportando à “direita” brasileira seus truques de manipulação eleitoral. Parece a história do assaltante que arranca a bolsa da vítima e sai gritando pega ladrão.

Fechem o álbum de figurinhas do Muro de Berlim e desmascarem esses hipócritas.

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