O casamento do presidente do Tribunal de Contas da União, em São Paulo, foi uma exibição espetacular do maior conto do vigário jamais aplicado na história política deste país – o de que o presidente Lula deve sua carreira ao interesse que dedica aos “pobres” e à sua imensa sensibilidade em relação às “questões sociais”. Lula fala disso há 40 anos, como um autômato.
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Mas desde o seu primeiro dia na carreira política faz exatamente o contrário do que prega em público: juntou-se aos ricos, vive como eles e, mais do que tudo, governa para atender seus interesses. Foi assim a partir do momento em que chegou à Presidência, em janeiro de 2003. Está sendo assim agora, mais do que nunca – e a festança do TCU é a comprovação mais recente da sua opção preferencial pelos milionários, por sua estrutura mental e por seu estilo de vida.
Encheram o bucho, se exibiram para o presidente do TCU e não gastaram um tostão. E os pobres de Lula? Os únicos pobres ali eram os garçons.
É rigorosamente impossível, por qualquer critério lógico, identificar uma partícula sequer de interesse público no casamento do conselheiro. Que benefício, por maior esforço de imaginação que faça, qualquer cidadão brasileiro poderia tirar de uma coisa dessas – sobretudo aqueles que estão precisando desesperadamente de alguma assistência da máquina pública? Mas o problema é aí mesmo.
O governo Lula, em mais um esforço concentrado para mostrar de que lado realmente está, torrou uma quantia ainda não determinada de dinheiro dos impostos para pagar a ida de uma coleção completa de gatos gordos ao regabofe de São Paulo. Como revelou o repórter Tácio Lorran em matéria de “O Estado de S. Paulo”, uma chusma de magnatas da corte real de Brasília, incluindo o vice-presidente da República, viajou para o casamento à custa do governo – ou melhor, às suas custas, pois foi você quem pagou cada centavo disso tudo. Querem puxar o saco do homem que aprova as despesas deles todos? Tudo bem. Mas, então, que puxem o saco com o dinheiro do seu próprio bolso.
O casamento do TCU, como diria um palestrante de autoajuda, supera limites; abre novas fronteiras, na verdade, para a lambança radical com o dinheiro do Erário a que se resume o “projeto de país” de Lula e do PT. Não apenas usaram a Força Aérea Brasileira como sua propriedade particular para viajar de Brasília a São Paulo no atendimento a interesses puramente pessoais. Isso já está no piloto automático, desde que a FAB virou táxi aéreo da ministrada e dos seus subs.
Desta vez houve ministro que saiu de Recife para São Paulo. Outros pegaram carona no Aerolula. E o melhor de tudo: quem não conseguiu se enfiar nesses voos comprou a passagem, mas pagou com dinheiro da repartição em que dá expediente. Estava todo mundo lá: Alckmin, Haddad, Tebet, Padilha, Múcio, Lewandowski e outros cujos nomes não querem dizer nada para o público, mas custam a mesma coisa. No total, foram treze. Encheram o bucho, se exibiram para o presidente do TCU e não gastaram um tostão. E os pobres de Lula? Os únicos pobres ali eram os garçons.
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