
Todos sabem que mala branca é incentivo dado a um time pra ganhar (ou pelo menos empatar) seu jogo pra beneficiar quem está oferecendo o conteúdo da mala. E mala preta um “incentivo” pra perder.
Mala branca é quase como um bicho por vitória, só que pago por um terceiro e não o próprio clube dos jogadores. Muitos clubes usam o bicho como parte da folha de pagamento aos atletas. Se contabilizado e declarado ao fisco só Deus sabe.
Já a mala preta é um bicho invertido, prêmio por derrota.
Tanto mala branca quanto preta são ilegais e imorais e podem ser enquadradas nos artigos 242 e 243-A do CBJD, com punição braba ao clube flagrado com a mão – ou pé – na cumbuca.
Mas a mala preta é mais grave, gravíssima. Entregar jogo pra embolsar algum é o fim do mundo – ou 21/12/12.
(Lembrei disso: Em 1978 eu era um rapazola e vi a Argentina meter 6 a 0 no Peru e se classificar pra final daquele Mundial fajuto, eliminando o Brasil – a Argentina precisava de quatro gols. O sanguinário general Videla não só premiou os peruanos como prometeu a eles que voltariam ao Peru “a passarinho” se a Argentina não se classificasse)
Bien, até o fim do campeonato teremos várias situações de provável mala branca, como no jogo Portuguesa x Bahia, rodada passada, em que o Palmeiras teria oferecido R$ 50 mil pra Lusa derrotar os baianos – perdeu de 1 a 0; os lusitanos devem ter se ofendido com a mixaria de R$ 50 mil…
E quem duvida que o América-RN não tenha entrado no Ecoestádio com cheque pré-datado no bolso assinado pelo São Caetano? Tá, eu sei, o Atlético não jogou nada…
E quem há de duvidar que o Boa não terá um ingrediente motivacional contra o São Cae, na sexta?
E mais, muito mais.
Mandem bola, chicas y chicos.



