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Luciano Trigo

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É a economia, estúpido!

A pobreza na Argentina sob Javier Milei

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Cortes e reformas de Milei têm liberado mais recursos para a economia real e ajudado a reduzir a pobreza na Argentina. (Foto: Imagem criada utilizando ChatGPT/Gazeta do Povo)

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Para um país historicamente assolado por crises econômicas, inflação galopante e políticas populistas que perpetuam a dependência em relação ao Estado, o desempenho da economia na Argentina parece ser hoje uma luz no fim do túnel da América Latina.

Na semana passada, o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) divulgou dados que confirmam o que observadores atentos já percebiam: a taxa de pobreza no primeiro semestre de 2025 caiu para 31,6%, o menor nível desde o fim de 2018 – quando os pobres chegaram a espantosos 52,9% da população, resultado de anos de política econômica irresponsável do kirchnerismo.

Não se trata de sorte ou acidente, mas do resultado direto da política de estabilização macroeconômica implementada por Milei desde sua posse, em dezembro de 2023 – um conjunto de reformas econômicas liberais: cortes de gastos, ajuste fiscal e estabilização monetária –, com o objetivo de recuperar o poder de compra, reativar a economia formal e reduzir o número de pessoas em situação de pobreza e indigência.

Em termos absolutos, são milhões de famílias que, pela primeira vez em anos, podem acessar uma alimentação digna e serviços essenciais sem depender exclusivamente de programas sociais. Isso sugere que medidas de estabilização macro podem gerar resultados sociais.

Os números validam a tese mileísta de que o caminho para a prosperidade passa pela disciplina fiscal e pela liberação das forças de mercado

Os números desmentem qualquer tese de “ajuste recessivo” que só serviria para perpetuar a miséria. Pelo contrário, validam a tese mileísta de que o caminho para a prosperidade passa pela disciplina fiscal e pela liberação das forças de mercado.

Enquanto isso, narrativas da oposição pintam um quadro de “miséria generalizada”, baseado em dados falsos ou interpretações enviesadas. Para surpresa de ninguém, a esquerda teima em acusar Milei de “aumentar a pobreza do povo”, ancorada em distorções deliberadas e omissões calculadas.

Vale lembrar que essas narrativas são amplificadas e financiadas por ONGs estrangeiras com agendas obscuras – sem falar na mídia cooptada, que trocou o jornalismo por verbas de propaganda. Aqui, não se trata de erro de análise ou falha de entendimento, mas sabotagem pura e simples. É uma oposição que prefere o caos ao progresso, o mito à realidade.

Para dimensionar o que está acontecendo na Argentina hoje, é importante revisitar o caos herdado por Milei: ele assumiu em meio ao colapso, com inflação anual acima de 200%, reservas internacionais negativas, déficit fiscal crônico de 6% do PIB e a pobreza beirando os 40% no segundo semestre de 2023.

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O peronismo-kirchnerismo, que governou a Argentina por décadas, deixou um legado de subsídios insustentáveis, emissão monetária desenfreada e uma burocracia parasita que sugava toda a vitalidade produtiva da nação – tudo isso em nome de uma suposta justiça social. A sociedade era refém do assistencialismo, com o Estado distribuindo esmolas em vez de investir na educação e gerar empregos.

Fiel à sua visão libertária inspirada em economistas como Mises e Hayek, Milei implementou um “choque de realidade” na economia argentina. O controle da inflação é seu grande trunfo. De 211% em 2023, a taxa anual (o acumulado dos últimos 12 meses) caiu para 34% em agosto de 2025, permitindo que salários e pensões recuperassem poder de compra. Medidas como a eliminação de subsídios ineficientes a energia e transporte, embora dolorosas no curto prazo, liberaram recursos para investimentos produtivos.

A Argentina não apenas diminuiu a inflação, como também conseguiu, no curto prazo, combinar cortes fiscais com programas focalizados que amorteceram o impacto sobre os mais vulneráveis. Programas como o Renta Básica de Libertad reformularam o assistencialismo, condicionando benefícios à capacitação laboral, o que reduziu a dependência e estimulou a mobilidade social.

Mesmo com cortes de subsídios e gastos, o governo incrementou ou manteve programas sociais como a Asignación Universal por Hijo, subsídios para consumo básico e transferências focalizadas. Esse “mix” produziu um efeito estatístico rápido sobre pobreza e indigência.

Críticos que agora duvidam dos números positivos são os mesmos que celebravam os “milagres” inflacionários em um passado recente

Como Milei afirmou em Davos, em janeiro de 2025: “A inflação é o imposto mais regressivo sobre os pobres; combatê-la é libertá-los”. E os fatos lhe dão razão: a redução da pobreza é mais acentuada entre os mais vulneráveis, com a indigência caindo 40% em termos relativos.

O setor privado também respondeu: o PIB cresceu 5,2% no primeiro trimestre de 2025, impulsionado por exportações agroindustriais e mineração, criando 450 mil empregos formais – o maior número desde 2011.

O Decreto de Necessidade e Urgencia (DNU) 70/2023 desregulamentou setores-chave, eliminando mais de 300 regulações que asfixiavam empreendedores. A Lei Ómnibus, aprovada em 2024 após negociações intensas, pavimentou o caminho para privatizações seletivas e a redução do tamanho do Estado, cortando gastos públicos em 30% do PIB em termos reais.

O resultado foi déficit fiscal zero, alcançado pela primeira vez em décadas, evitando uma espiral hiperinflacionária e restaurando a confiança dos investidores estrangeiros no país, o que ajuda a atrair investimentos, segurar o câmbio e diminuir prêmios de risco que se transformam em inflação importada.

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Algumas críticas apontam que o governo ou seus aliados “inflam” os dados favoráveis ou seletivamente citam projeções, em vez de resultados já auditados ou consolidados. De fato, projeções devem ser tratadas com cautela. Curiosamente, foi justamente durante a era kirchnerista que o Indec sofreu interferências bizarras, o que minou sua credibilidade.

Já sob Milei, auditorias independentes restauraram a transparência do órgão, como vem sendo atestado por observadores internacionais. Críticos que agora duvidam dos números positivos são os mesmos que celebravam os “milagres” inflacionários em um passado recente. Essa hipocrisia evidencia uma agenda: manter o povo na vitimização para justificar o retorno ao Estado inchado.

Diferentemente do que acontece em outros países, a queda da pobreza na Argentina não é uma ilusão estatística, mas o fruto de uma cirurgia econômica precisa. Milei não está salvando apenas a economia; está resgatando a dignidade de um povo. Lá o futuro, longe de ser sombrio, brilha com as promessas de uma nação livre e próspera.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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