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O estudante de Teologia Erick Marçal, 35 anos, teve a oportunidade de encontrar o então cardeal Robert Prevost três vezes em Roma no último ano, e diz que esses encontros com o novo papa o ajudaram a construir uma boa imagem a seu respeito. Marçal vive na capital italiana há sete anos, administra a página Direto da Sacristia e é acólito em uma paróquia bastante próxima do Vaticano.
“Quando ele chegou a Roma, para chefiar o Dicastério para os Bispos, eu não o conhecia bem”, diz Marçal. O primeiro encontro ocorreu em agosto de 2024, na festa de Santo Agostinho, quando Prevost, que pertence à ordem dos agostinianos, celebrou missa na basílica romana de mesmo nome. “A impressão mais próxima que tive nem ocorreu na missa, mas depois, na recepção que os agostinianos ofereceram. Lá eu vi que o cardeal era um homem simples, tranquilo e simpático”, diz o estudante de Teologia.
Semanas depois, em 4 de novembro, dia de São Carlos Borromeu, Marçal foi à missa na igreja que leva o nome do santo em Roma, e nem sabia que Prevost seria o celebrante naquele dia. “O cardeal celebrou bem, de forma digna, tranquila, se mostrou alguém orante e introspectivo. Estive também no jantar que os padres ofereceram para quem havia estado na missa, e mais de um sacerdote com quem conversei elogiou Prevost, dizendo que ele era um homem de Deus, orante, de muita espiritualidade”, conta Marçal. “Além disso, pessoas que trabalhavam na Cúria me contavam que ele era bom e competente”, acrescenta.
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Por fim, em março deste ano, o pároco da paróquia de San Salvatore in Lauro, onde Marçal atua como acólito, convidou o cardeal Prevost para celebrar missa durante a visita de uma relíquia de Santa Rita. “Como eu estive mais envolvido nessa celebração, recebi o cardeal na sacristia. Ele foi muito simpático, tranquilo, espontâneo, nem artificialmente exagerado, nem antipático. E celebrou como era previsto. Assim, confirmei pessoalmente o que já tinha ouvido de outras pessoas”, narra o estudante de Teologia.
Comentando a eleição de Prevost, que agora é o papa Leão XIV, Marçal manifestou sua satisfação. “Era um nome improvável, mas estou feliz por ele. Confesso que, se o conclave tivesse ocorrido um ano atrás, com o mesmo resultado, eu poderia teria ficado com alguma reserva; mas, hoje, eu posso dizer que gostei da escolha”, avalia o estudante.





