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As feministas não têm mostrado a bravura habitual no caso do filho de Lula.
As feministas não têm mostrado a bravura habitual no caso do filho de Lula.| Foto: J. Howard Miller/Domínio público

Na última terça-feira, 2, Luís Cláudio Lula da Silva foi acusado de agredir sua ex-mulher, Natália Schincariol, que registrou boletim de ocorrência e informou ter sofrido agressões de natureza física, verbal, psicológica e moral. Além disso, Natália disse aos policiais que o filho mais novo de Lula chegava em casa bêbado, fazia ameaças e ofensas constantes, teria mantido relações sexuais com outras mulheres de forma desprotegida e que foi manipulada e ameaçada para não registrar as agressões, já que, segundo ela, Luís Cláudio dizia que, por ser filho do presidente, tem "influência para se safar das acusações". Mas e aí, onde está a esquerda?

Sempre foi fácil, para eles, acusar os opositores de espalhar fake news, quando na verdade são eles os principais responsáveis por propagar mentiras, comemorar multas, cassações e prisões daqueles de quem não gostam. E claro, diante de tantos comportamentos hipócritas, não fariam diferente ao passar pano para coisas piores de seus aliados. Os "cumpanhêros" fingiram que nada aconteceu, e Janja ainda teve a coragem de falar em defesa das mulheres enquanto ignora totalmente a denúncia contra o seu enteado. Não dava para esperar algo muito diferente de quem demorou um ano para encontrar os móveis que nunca haviam sumido.

As feministas, seguindo a cartilha ideológica que prega a indignação seletiva, nada falaram ou fizeram, porque, se é aliado ou tem relação com o "painho", melhor fingir que nada aconteceu. Mexeu com uma? Pergunte ao responsável pela ideologia que elas tanto defendem se mexeu com todas ou não. Lula parece estar muito agradecido pelo silêncio, já que um dia após as acusações contra Luís serem divulgadas, ele fez questão de mostrar a imagem de Frida Kahlo em sua meia durante um evento no Planalto.

Curioso como rapidamente o papo de "a palavra da vítima basta" mudou para "é preciso ter provas". De repente colocaram a mulher no rol de quem pode estar mentindo; mas, em outros casos, bastava muito menos para se colocarem como os justiceiros da internet, que apuravam, investigavam e julgavam em questão de segundos de acordo com o que bem entendiam. Afinal, quem somos nós para questionarmos os juízes das redes sociais?

No artigo "Dois pesos e duas medidas" que escrevi no final do ano passado, citei outros acontecimentos, como o do ex-político do PT que agrediu um manifestante e foi elogiado por Lula pelo seu ato, e o caso de Daniel Bittar, que foi preso em flagrante por sequestrar e estuprar uma garota de 12 anos. Citei também, a gravação do professor e militante de esquerda Eric D’Ávila, que empurrou uma idosa de 86 anos no chão da calçada, fazendo com que ela quebrasse o fêmur, bem como o ato lamentável do vereador petista Carlão, que foi filmado com uma faca agredindo um jornalista em Cocal, no Piauí. Ou seja, não se trata de um caso isolado.

Curioso como rapidamente o papo de "a palavra da vítima basta" mudou para "é preciso ter provas". Em outros casos, bastava muito menos para se colocarem como os justiceiros da internet.

A similaridade entre todos eles é que foram cometidos por quem é declaradamente de esquerda. Sabe o que isso quer dizer? Nada. Ideologia não tem a ver com caráter. Não importa se é de esquerda ou se é de direita, ou nem qualquer outro aspecto: quem de fato cometeu um crime deve pagar por ele de forma justa. Vale destacar que também em tudo isso que citei, pelo menos uma dessas coisas aconteceu: A esquerda ignorou, houve pouca repercussão ou tentaram associar o envolvido com um posicionamento político contrário ao que ele realmente defendia para tentar atacar todo um grupo pelo crime de pessoas isoladas.

Para deixar tudo ainda mais irônico, há uma postagem de 2022 do próprio caçula do petista em que ele afirma, sem provas como alguns adoram dizer por aí, que "em quase todos os crimes de feminicídio, intolerância religiosa ou política há um bolsonarista envolvido", e que isso seria uma prova que a ignorância mata. Bom, nada como um dia após o outro. Qual será o comentário dele em relação a todos os últimos acontecimentos que citei acima e sobre o recorde de casos de feminicídio no primeiro ano do governo Lula? Vamos aguardar 72 horas para saber.

Obviamente, desejo que haja uma investigação séria sobre este caso, para que os fatos sejam apurados; e, caso Luís Cláudio realmente seja responsável pelo que foi relatado por sua antiga namorada, espero que seja punido exemplarmente. Também sei que o descondenado não tem responsabilidade pelos atos do filho, e não posso ser injusto a ponto de afirmar isso (como a esquerda gosta de fazer com todos os seus opoentes, sobretudo os que mais ameaçam seus planos). Por fim, aproveito para refazer a pergunta que eles tanto amam: Em quem será que o Luís Cláudio votou?

Conteúdo editado por:Bruna Frascolla Bloise
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