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Nikolas Ferreira

Nikolas Ferreira

Relativização

Não é “Boas Festas”; e sim “Feliz Natal!”

Menino Jesus e a manjedoura. (Foto: imagem criada usando ChatGPT/ Gazeta do Povo)

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Nos últimos anos, tornou-se cada vez mais evidente a forma seletiva com que a esquerda e o progressismo tratam símbolos culturais e religiosos. O Natal, uma das datas mais importantes da civilização cristã, e, consequentemente, da própria formação cultural do Ocidente, passou a ser alvo constante de relativizações, esvaziamento simbólico e até ataques disfarçados de “inclusão”.

Primeiro, o tradicional “Merry Christmas”, expressão inglesa que tem origem diretamente ligada à celebração cristã do nascimento de Jesus Cristo, algo evidente na própria palavra “Christmas”, que deriva de Christ’s Mass (a missa de Cristo), foi trocada por por “Happy Holidays”, retirando o significado do Natal e reduzindo a data a um mero período festivo.

Se a diversidade deve ser respeitada, como eles tanto dizem, por que o Cristianismo é sempre a exceção?

Seguindo a mesma lógica, corporações e instituições alinhadas ao discurso progressista evitaram mencionar o Natal de forma direta. A companhia aérea francesa Air France, por exemplo, optou por desejar um genérico “feliz período de festas”, apagando qualquer referência à celebração natalina. Até mesmo a Emirates, empresa de um país onde o Islã é predominante, fez uma postagem desejando a todos um Feliz Natal e publicou um vídeo feito através de IA com várias referências natalinas em um de seus aviões.

Clubes de futebol como o Paris Saint-Germain, seguiram a mesma linha, adotando mensagens neutras. No entanto, a neutralidade desaparece quando o assunto é o calendário islâmico: O mesmo clube fez questão de publicar mensagens claras como “Ramadan Mubarak”, reconhecendo e celebrando explicitamente a data religiosa.

Esse duplo padrão escancara a hipocrisia do discurso progressista. Não se trata de respeito a todas as crenças, mas de uma tolerância seletiva que atinge apenas o cristianismo e os símbolos ocidentais tradicionais. Isso nada mais é do que a tentativa de diluir referências cristãs, enquanto outras manifestações religiosas são amplamente promovidas e valorizadas.

A ofensiva cultural não para por aí: a cultura woke passou a reescrever a história para justificar seus ataques simbólicos. Um exemplo disso foi a tentativa de associar a música Jingle Bells a uma suposta origem racista, uma narrativa falsa, sem base histórica sólida, mas difundida inclusive por parte da imprensa brasileira.

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Até mesmo hábitos comuns da celebração natalina passaram a ser alvo de patrulhamento ideológico. Vi que um jornal brasileiro publicou um artigo que diz que as tradições e festas de fim de ano, como o Natal, ajudam a normalizar o consumo de carne entre as crianças, como se isso fosse um problema. Se a esquerda realmente se preocupasse com a juventude, não defenderia ou promoveria uma série de coisas nocivas a ela, e muito menos atacaria aqueles que se posicionassem contra.

Se a diversidade deve ser respeitada, como eles tanto dizem, por que o Cristianismo é sempre a exceção? Por que apenas o Natal precisa ser escondido, relativizado ou desconstruído? O combate ao simbolismo natalino não é coincidência, mas parte de um projeto cultural que busca enfraquecer as raízes cristãs do Ocidente, e, com elas, a identidade de milhões de pessoas que veem no Natal muito mais do que uma data comercial, mas um símbolo de fé, tradição e pertencimento.

Finalizo com uma citação de Olavo de Carvalho que postei recentemente em minhas redes sociais: “Quer saibamos ou não, o símbolo primordial molda nossas vidas, reproduzindo-se e multiplicando-se em milhões de lares, por baixo de toda a agitação mundana que, ao parecer negá-lo, o reafirma soberanamente. A deusa história, a modernidade, nada pode contra isso. Ela não é senão imagem e semelhança daquilo que nega. Afinal, o que poderia confirmar mais plenamente o nascer do sol do que o movimento das sombras que deslizam pelo chão? Qualquer que seja o rumo da História, a Palavra que a moldou antecipadamente não passará.”

Não é “Boas Festas”; é Feliz Natal!

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