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Nas redes digitais, todos buscam autenticidade, mas poucos estão dispostos a pagar o preço pela aceitação das diferenças.

João Kepler

João Kepler é empreendedor que investe desde 2008. Premiado como melhor Investidor Anjo do Brasil pelo Startup Awards. É diretor na FIESP e na ASSESPRO; conselheiro na ACE, ANPROTEC e ACSP; apresentador do Reality Show [O ANJO Investidor]. Autor de vários livros e conselheiro da Gazeta do Povo.

Redes sociais

Por que a reciprocidade é fundamental no mundo digital

25/01/2021 14:31
Na atualidade, infelizmente não faltam relatos de pessoas e até mesmo empresas que já sofreram as consequências da falta de humanidade que alguns indivíduos parecem ter e que têm feito do mundo digital um ambiente hostil.
Saber comentar e compartilhar nas redes sociais, por exemplo, mostra como a reciprocidade é uma habilidade indispensável para ser bem-sucedido no mundo digital. Se não for correspondido, não cobre.
Aliás, evite sempre pedir favores. Mas, se for pedir:
  1. Uma vez e não for atendido, esqueça por um tempo;
  2. Duas vezes pode ser uma lembrança, mas já mostra insistência;
  3. A terceira vez já é humilhação. Mas acredite, só é lembrado quem aparece para as oportunidades.
Pode parecer um paradoxo, e de fato é difícil entender o fato de que cada dia mais as pessoas buscam humanizar o relacionamento com as marcas, querem se identificar e compartilhar de seus valores. A chegada e consolidação das redes sociais fez desse um caminho sem volta. Mas, ao mesmo tempo, são essas pessoas que não respeitam uma opinião diferente da sua, ou que julgam, condenam e discriminam outros usuários.
Neste contexto, duas palavras são fundamentais: reciprocidade e empatia. Lembre-se que aquela relação de mão única do passado já não é mais aceita. Agora todos desejam e podem falar, serem ouvidos, opinar e optar com total liberdade e munidos de informações.
Por mais que, neste momento, muitas pessoas ainda estejam isoladas em suas casas e utilizam as redes sociais como forma de se sentirem conectadas, atualizadas e entretidas, também colabora para uma maior atenção em relação ao comportamento humanizado.
O ideal
seria que as pessoas fossem tratadas como tratam as outras. Mas sabemos que nem
sempre isso acontece. Então, o desafio é enxergar de forma definitiva que estes
canais de comunicação oferecem a possibilidade de interação e troca de
experiências, conhecimento, e isso tem um valor inestimável!
Em uma
época em que os boicotes nas redes e manifestações gigantes têm tomando cada
vez mais espaço, é necessário aprender a se comunicar. A dar sua opinião sem
ofender, sem agredir. A respeitar quem quer que esteja do outro lado do
computador ou do celular.
Nas redes, todos buscam autenticidade, mas poucos estão dispostos a pagar o preço pela aceitação das diferenças.

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