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Artrose não é sinônimo de envelhecimento
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Entre 70 – 80 % das pessoas acima de 50 anos nos EUA sofrem do tipo mais comum de artrite, chamada osteoartrite, doença articular degenerativa, ou artrose. No Brasil, não existem dados precisos sobre esta prevalência.

É uma afecção dolorosa das articulações que ocorre por insuficiência da cartilagem, ocasionada por um desequilíbrio entre a formação e a destruição da mesma. Em outras palavras, para ter articulações saudáveis, nosso corpo precisa formar cartilagens na mesma velocidade em que elas se decompõem. O equilíbrio é o segredo. Como a artrite envolve primeiro articulações que suportam peso (quadris e joelhos), o estresse mecânico repetitivo causado por peso, trauma ou atividade excessivos contribui para o desenvolvimento e progressão da doença.

Os sintomas são rigidez matinal, articulações ligeiramente inchadas e dores articulares. Afeta indistintamente homens e mulheres, e pode envolver todas as articulações do corpo, inclusive pescoço e coluna lombar.

Outra artrite, a reumatóide é uma doença auto-imune que se manifesta quando o sistema imunológico começa a atacar a cartilagem e o revestimento da articulação (sinóvia). Como resultado, um processo inflamatório desequilibrado inicia uma destruição significativa de tecidos saudáveis. Essa inflamação gera excessivos radicais livres e atrai citocinas, especialmente TNF-alfa. Citocinas são proteínas e uma das principais causas de inflamação nas articulações. Elas conduzem mensagens entre as células e regulam a imunidade e a inflamação. As duas citocinas mais importantes são: fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa) e a interleucina 1 beta, e elas existem em altas concentrações nas articulações de pessoas com osteoartrite, bem como no plasma sanguíneo de pacientes com artrite reumatóide. Estudos também indicam que a produção de radicais livres é cinco vezes maior nesses pacientes do que em pessoas com articulações normais. Embora os pacientes com artrite reumatóide tenham mais estresse oxidativo do que os de osteoartrite, a destruição da cartilagem em ambos os casos decorre do estresse oxidativo.

Pacientes com artrite reumatóide estão sendo tratados somente com analgésicos, anti-inflamatórios sistêmicos e/ou tópicos, corticóides, sais de ouro ou drogas quimioterápicas como o metotrexato ou o imuran, sem tratar das causa básica dessa doença, o estresse oxidativo. É importante salientarmos então que qualquer pessoa que sofra de artrite degenerativa precisa tomar um poderoso suplemento antioxidante. Há fortes evidências que estes pacientes são deficientes em diversos antioxidantes e nutrientes de apoio, como a vitamina D, vitamina C, Vitamina E, Boro, e vitamina B3.

A Glicosamina é um nutriente básico para a síntese de moléculas (proteoglicanos) que dão elasticidade à cartilagem. Em 1999, no Encontro Anual da Faculdade Americana de Reumatologia, divulgou-se um estudo no qual se evidenciava que a glicosamina não só aliviava a dor e a inflamação da artrite, como também detinha a deteriorização da cartilagem. Ou seja, ela não se limita a aliviar a dor, como também a reconstruir a cartilagem danificada.

Já o Sulfato de Condroitina (faz parte dos proteoglicanos) é muitas vezes associado no tratamento, com a função de atrair água para a cartilagem. Isso a torna mais flexível e esponjosa. Sem esse nutriente ela fica mais seca e frágil.

A Boswellia serrata e o MSM podem ser pensados como anti-inflamatórios naturais.

O UC-II ® é um nutracêutico inovador que tem a função de diminuir o desgaste nas articulações. O ativo age juntamente com o sistema imunológico para reduzir a dor, o desconforto, a inflamação e assim melhorar a flexibilidade e a mobilidade articular. É um colágeno não desnaturado tipo II, extraído do esterno do frango. Parece que tem dado excelentes resultados.

Terapia intra-articular: uso intra-articular de ácido hialurônico (um gel) está indicado. As pesquisas com plasma rico em plaquetas (PRP) e células-tronco ainda continuam. O tratamento cirúrgico é para graus e situações especiais. Fisioterapia ajuda muito. Lembre que a doença não é sinônimo de envelhecimento e está relacionada com a capacidade funcional. Não espera a progressão, procure o médico logo que perceber sintomas iniciais.

Por Raquel Camargo

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