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Economia, empresas e negócios do Paraná por Marcos Xavier Vicente. Sugestões no e-mail prsa@gazetadopovo.com.br

Gestão

Como a Cultura Inglesa abandonou a “casa da vovó” para se modernizar e crescer

Uma das principais mudanças na gestão da Cultura Inglesa foi a valorização da marca na fachada e decoração interna das escolas. (Foto: Divulgação Cultura Inglesa PR)

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As mudanças de gestão implementadas na Cultura Inglesa desde 2015 foram decisivas não só para mudar a percepção da marca no mercado mas para a própria sobrevivência do grupo. Ao ponto de agora, passado o pior momento da pandemia, a rede de escolas de inglês que completou 80 anos em fevereiro mirar no crescimento baseado justamente na modernização da marca, ação que ganhou força entre 2017 e 2018.

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Aproveitando a retomada no aumento de matrículas desde que as aulas presenciais retornaram, a Cultura Inglesa planeja avançar em 25% o número de alunos em 2024. A meta é de que as sete unidades - quatro em Curitiba, duas em Londrina e uma em São José dos Pinhais - subam de 4 mil para 5 mil alunos até o fim do ano. Há ainda previsão de abertura da oitava sede no estado, em Curitiba, até 2025.

Como comparação, em 2015 toda a rede não passava de um pouco de 2 mil alunos. Até aqui em 2022 , só as unidades de Curitiba e São José dos Pinhais alcançaram 3 mil alunos, crescimento de 13%, em comparação a março de 2020, mês em que as escolas fecham as matrículas e que coincide com o início da crise sanitária.

"Casinha da vóvo"

A projeção de crescimento só é possível porque a Cultura Inglesa criou e investiu nos últimos anos nas equipes de marketing e comercial, além de novas funções no departamento de TI. Mudanças que vieram quando a administração deixou de ser feita por professores para ser planejada e executada por profissionais de gestão.

"Em 2015, nossas sedes eram em imóveis que não destacavam a nossa marca, com fachadas simples de residências, aquela sensação de 'casinha da vovó'. Não havia um departamento comercial. E as pesquisas confirmavam que para o mercado nossa imagem era ultrapassada, mesmo que dentro da sala de aula isso não fosse verdade. Afinal, buscávamos sempre novas metodologias de ensino, mas ninguém sabia", recorda o superintendente-geral André Ruediger, executivo com experiência em gestão financeira em outras empresas que desde então vem implementando as mudanças na Cultura Inglesa.

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Dificuldades antes da pandemia

Ruediger afirma que já entre 2015 e 2016 a Cultura Inglessa passava por dificuldades, as mesmas do mercado de ensino de línguas em geral. Concorrentes diretos estavam perdendo espaço ou mesmo fechando justamente porque não atualizaram a gestão.

Medida que foi decisiva para a Cultura Inglesa passar pelas crises econômicas desde então, em especial a maior de todas, a da Covid-19. "A situação teria sido muito pior para nós na pandemia sem essa remodelagem. Não teríamos capacidade de recuperação", admite o superintendente.

Uma das primeiras decisões da nova gestão antes da pandemia foi criar os departamentos de marketing e comercial - decisão pioneira da marca Cultura Inglesa em todo Brasil. As unidades passaram a ter um novo visual padrão na fachada e arquitetura, enquanto a equipe comercial buscava novos alunos.

"Antes, as pessoas não se sentiam motivadas a estudar conosco. As reformas nas unidades, com as pessoas percebendo nossa marca quando passam em frente de uma sede, mais o trabalho de marketing e do comercial fizeram as pessoas perceberem que a Cultura Inglesa existia e é o que agora está permitindo um crescimento consistente", aponta Ruediger.

Mudanças no momento certo

Sem as novas medidas de gestão, ressalta o superintendente, o grupo não teria tanta força para passar pela queda no número de alunos e nas adaptações no ensino que a pandemia exigiu. "Fizemos a reestruturação no momento certo. Quando chegou a pandemia, nossa estrutura estava mais robusta para enfrentar as mudanças que vieram", ressalta Ruediger.

Além do esforço de todos os professores, que tiveram de se adaptar às aulas remotas, o investimento na TI também ajudou. O setor, afirma Ruediger, deixou de ser estático para criar soluções tanto de hardware quanto de software.

Incluindo o desenvolvimento de Business Inteligence (BI), que concentra todas as informações de gestão das escolas. O que ajuda, por exemplo, a detectar a perda de alunos de uma determinada classe. "A partir dessa detecção, conversamos com o professor para ver o que está acontecendo e orientá-lo", explica o superintendente.

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Volta das aulas presenciais

Passado o momento mais crítico da pandemia, a Cultura Inglesa ainda mantém aulas remotas. Mas é para uma minoria de aproximadamente 400 alunos que tem problemas de agenda e deslocamentos de trabalho. A maioria voltou para o ensino presencial nas salas de aula com o fim das medidas sanitárias mais restritivas. "As pessoas nem ligam para o deslocamento para a escola. A maioria quer aula presencial, principalmente as crianças e adolescentes, que agora não querem nem ouvir falar de aula online", compara Ruediger.

Nova sede

A direção da Cultura Inglesa já planeja uma nova escola entre 2024 e 2025. O local da oitava unidade da marca já está definido, na região do Ecoville.

"Estamos mapeando a região para escolher o imóvel, trabalho que deve levar entre um ano e um ano e meio", explica o superintendente. O local foi escolhido a dedo: está dentro do perfil econômico dos clientes do grupo, cuja renda familiar é de R$ 12 mil para cima.

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