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Shopping no Alto da XV, em Curitiba, pode retomar suas atividades
Shopping no Alto da XV, em Curitiba, pode retomar suas atividades| Foto: Gerson Klaina / Tribuna do Paraná

Fechado desde abril, o Polloshop pode reabrir em setembro. O estudo de viabilidade de negócio para a reabertura foi concluído pelo grupo Cia. Iguaçu, dono do imóvel, e tudo indica que o shopping no bairro Alto da XV, em Curitiba, reabrirá as portas mês que vem.

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O estudo começou no fim de abril, dias após o fechamento do shopping. O levantamento foi feito pela empresa Argo, do Rio de Janeiro, que administra o Shopping Crystal, no bairro Batel, e mais 18 empreendimentos no Brasil. A Argo também deve ser a gestora do centro comercial. Em abril, a informação da administradora de que o Polloshop fecharia pegou não só os lojistas de surpresa, como a própria dona do imóvel.

Segundo Marcello Almeida, porta-voz e sócio da Cia. Iguaçu, o estudo realizado pela Argo levou em conta diversos indicadores para concluir a viabilidade do negócio. O principal deles foram as cartas de intenção de continuidade assinadas por cerca de 120 lojistas do Polloshop.

“Quando o shopping fechou, recebemos da maioria dos lojistas a indicação de que eles gostariam de seguir no shopping. Trabalhamos para que isso pudesse ocorrer, mas precisávamos realizar estudos sobre essa possibilidade. Foi quando optamos por contratar a Argo, que já conhecia a dinâmica de Curitiba por administrar um shopping na cidade”, disse Almeida.

A reabertura do Polloshop, segundo a Cia. Iguaçu, deve gerar cerca de 5 mil empregos indiretos, levando em conta os comércios do entorno da região do Alto da XV, que sentiu o impacto do fechamento.

Ainda de acordo com o porta-voz, durante o estudo, cerca de 120 lojistas assinaram cartas de intenção pela reabertura. Os lojistas que já estavam no Pollo terão prioridade em futuros contratos pela ocupação dos espaços. “Somente depois é que deveremos avaliar a possibilidade de novas lojas. O número de cartas de intenção nos dá um respaldo. Isso é importante, pois muitos dos lojistas de lá fizeram investimentos recentes e possuíam uma única loja como investimento de uma vida de trabalho”, ressaltou Marcello Almeida.

A Cia. Iguaçu, inclusive, disse que levou a informação em consideração na entrega do imóvel pelos locatários. “De imediato, indicamos a eles que nos dispúnhamos a receber o imóvel com as lojas dentro. Muitos lojistas não teriam como retirar a loja de lá e deixar o espaço vazio. Alguns relataram que sofreram bastante”, disse Almeida.

Ainda não há data exata de reabertura do Polloshop Alto da XV ou se continuará com o mesmo nome. Porém, reuniões individuais com lojistas sobre o novo projeto estão ocorrendo desde a semana passada para que a reabertura seja em setembro. “Não é algo rápido. Para um futuro contrato, devemos apresentar os detalhes. Também vamos levar em consideração como será retomada em época de pandemia de coronavírus. É um cenário atípico”, concluiu o porta-voz da Cia. Iguaçu.

Entenda o caso

Em 20 de abril, a antiga administração do Polloshop, locatária do imóvel, informou os lojistas que entrou em desacordo com o valor de aluguel proposto pelo locador e, por isso, decidiu fechar o shopping. A notícia repercutiu na imprensa e, ao longo da semana, cerca de 220 lojistas se mobilizaram para o centro comercial não fechar.

Um grupo com mais de cem pessoas procurou orientações com advogados e decidiu fazer uma proposta direta aos donos do imóvel para que a Cia. Iguaçu tocasse o negócio sem intermediários. Até então, os lojistas eram sublocatários.

No fim de maio, a Cia. Iguaçu informou que já estava realizando um estudo de viabilidade de negócio para saber se era possível manter o shopping aberto. Quase um mês depois, em junho, veio a informação de que a empresa responsável pela gestão do estado era a Argo, que administra do Shopping Crystal.

Durante esse período, lojistas disseram que as empresas não estavam repassando informações claras sobre o andamento do estudo. Muitos estavam preocupados com a crise financeira da pandemia e o fim do auxílio do governo para pagamentos de salários reduzidos. A falta de informação refletia na dificuldade de decidir se era ou não possível manter os empregos dos funcionários das lojas. Nesta segunda-feira (3), a Cia. Iguaçu disse que mantém contato individual com lojistas e que deverá conversar com eles sobre o novo projeto do shopping.

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