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Dona da marca de roupas Nega Linda, Simone Costa vai abrir segunda loja no Ventura Shopping após ajuda da própria administração.
Dona da marca de roupas Nega Linda, Simone Costa vai abrir segunda loja no Ventura Shopping após ajuda da própria administração.| Foto: Arquivo Pessoal

O Ventura Shopping, no bairro Portão, em Curitiba, estreitou ainda mais o relacionamento com pequenos e médios empreendedores na pandemia. O que vem permitindo a recuperação das operações no centro comercial, um dos 11 empreendimentos do Grupo Tacla, dono das marcas Palladium e Jockey Plaza e que vai lançar ainda em 2022 o primeiro outlet de grandes marcas do Paraná, em Campo Largo, além de um novo shopping em Ponta Grossa em 2023.

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Em pouco mais de seis meses, o Ventura abriu 38 novas lojas em 2022. Faltando ainda cinco meses para o fim do ano, a quantidade já é equivalente a 80,8% das 47 novas operações captadas ao longo de todo 2021. O que faz a direção do shopping já cravar que o número de novas lojas esse ano será superior ao do ano passado.

"A pandemia deixou o pequeno empreendedor muito vulnerável por não ter giro de caixa. O shopping sentiu junto esse impacto com a perda de lojistas. Por outro lado, temos observado que com nosso apoio a recuperação está sendo rápida", avalia o superintendente do Ventura, Matheus Vitti de Aguiar.

No pior momento da crise sanitária ano passado, a administração laçou campanha para atrair e orientar os micro e pequenos empreendedores a manter suas operações lucrativas no Ventura. O programa tem três pilares: captação de novos empreendedores a partir do contato direto por todos os canais do shopping, flexibilidade operacional na instalação das lojas e orientação prática de marketing e finanças aos comerciantes.

Todos os canais à disposição dos lojistas

Aguiar afirma que a administração está à disposição do lojista ou do empreendedor interessado em entrar no shopping por todos os canais. Os pequenos lojistas, inclusive, tem acesso direto aos diretores pelo Whatsapp.

Esse contato é desde a equipe de inteligência nas mídias sociais, que busca resultados junto com a equipe comercial, até os empreendedores que deixam o telefone ou e-mail nas caixas de sugestão nos corredores do shopping.

E mesmo com todos esses canais tecnológicos, o superintendente enfatiza que as indicações ainda têm peso muito grande na instalação de novos pequenos empreendedores, que representam 55% das operações do Ventura. "A maioria dos negócios que fechamos é do boca a boca, lojistas do próprio shopping que falam para outros empreendedores", aponta.

Flexibilidade na instalação da loja

Um dos fatores que mais têm pesado na decisão dos pequenos empreendedores em entrar no Ventura é a flexibilidade para instalação das lojas. O shopping não exige que o novo negócio apresente projeto arquitetônico próprio para se instalar. Ao invés disso, a administração oferece orientações da sua própria equipe de arquitetura aos empreendedores, o que reduz custos.

"Tem projeto que chega a R$ 20 mil, R$ 30 mil. O nosso próprio arquiteto presta essa assessoria na instalação do lojista de forma prática, com acompanhamentos que podem ser feitos até por e-mail", explica Aguiar, ressaltando que o único ponto em que o Ventura não flexibiliza o projeto é em relação às normas de segurança.

Essa flexibilidade, argumenta o superintendente, permite que o pequeno empreendedor invista o valor que iria para o projeto arquitetônico em seu próprio negócio, como na compra de estoque.

Foi exatamente o que fez a empresária Simone Costa, 41 anos. Proprietária desde 2016 da marca Nega Linda de roupas femininas confortáveis e de praia, há um ano ela abriu a primeira loja no Ventura e mês que vem já vai expandir para mais um ponto de roupas infantis, a Nega Kids.

Simone conta que as exigências menores permitiram que ela instalasse na loja os móveis que já tinha de uma experiência anterior curta em outro shopping. "Com isso eu consegui investir na própria loja. Tanto que vamos abrir a segunda unidade no shopping com recursos próprios, nada de empréstimo", compara a empresária.

Ela ainda faz comparação com a proposta que recebeu de outro shopping, em que as exigências eram tantas que acabou desistindo. Simone explica que além de projetos arquitetônicos de padrões altos, havia outros empecilhos, como obrigatoriedade de se apresentar o nome de um avalista no contrato. Situação que foi resolvida com a administração propondo que a empresária adquirisse um seguro para caso não consiga honrar o pagamento do aluguel.

Simone afirma que o ponto no shopping fatura 20% a mais do que a loja de rua que tem há seis anos no bairro Xaxim, ao lado da própria confecção. "Sem essas flexibilidades eu estaria só com a loja no Xaxim, não estaria com minha marca em um shopping, onde vende mais. A gente que é pequeno quando esta começando usa o dinheiro para deixar a loja maravilhosa ou usa para comprar mercadorias para produzir", complementa a empresária, que mês passado já reformou a loja no Ventura.

Marketing e financeiro

O shopping também ajuda os lojistas a divulgar seus produtos como também na administração de seus próprios negócios. A equipe de marketing do empreendimento monta um plano de divulgação, incluindo mídias sociais, condizente com a capacidade de investimento do pequeno empreendedor. Acompanhamento que também é seguido pela equipe financeira do shopping.

"O nosso financeiro acompanha esse novo lojista nos meses iniciais da operação, dando orientações para não só possa se firmar, mas que cresça dentro do próprio shopping", afirma Aguiar. "Muitas vezes esse empreendedor pensa que sabe da parte financeira. Mas diversas vezes já na entrevista a gente sente que não, pelas próprias perguntas, como no caso de quem é interessado só nos custos do shopping e não no quanto ele pode ganhar aqui dentro", exemplifica o superintendente.

A dona da loja de roupas Nega Linda cita o caso do contrato de aluguel de seis meses oferecido para ela entrar no shopping. Nesse período, ela pôde testar o seu potencial de vendas sabendo que não pagaria multa alta ao fim do período. O resultado foi que em quatro meses Simone já pediu para assinar o contrato padrão do shopping, de três anos.

Simone enfatiza que a consultoria do shopping, em especial da equipe de marketing, fez diferença nos bons resultados que estão permitindo a ela abrir mais uma lojua. "Na Black Friday do ano passado o pessoal do marketing me acompanhou em tudo, me sugerindo o que era bacana fazer. E hoje, sempre que tenho dúvida, procuro o pessoal do marketing ou do financeiro direto no Whatsapp", conta a empresária.

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