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A THX Log Tech, empresa de tecnologia do setor de logística e transporte, cresceu 40% nos últimos três anos e planeja fechar 2025 com faturamento de R$ 35 milhões. Hoje, a companhia é destaque no setor, mas sem contar com nenhum caminhão sequer.
Isso porque, segundo o CEO da THX Log Tech, Laurence Tataren, a empresa se especializou na gestão de motoristas autônomos e na otimização de eficiência dos processos logístico. Com forte uso de tecnologia, a companhia tem apenas 44 profissionais em sua sede em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
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Com uma cultura que coloca o cliente no centro do negócio, Tataren decidiu usar o desenvolvimento web como o seu aliado e trabalhar num processo de melhoria contínua para quebrar barreiras de tempo e eficiência. Atualmente, a sua empresa de gestão logística e de transporte tem em cada unidade de negócio um profissional dedicado a observar o comportamento e as necessidades do cliente e a partir daí encontrar uma solução tecnológica para cada desafio.
São 56 mil caminhoneiros autônomos na base de contatos, mais 4 mil motoristas em 2024 e cerca de 300 agregados que carregam toda semana. “Por meio de um aplicativo simples e prático e inteligência artificial conseguimos rapidamente encontrar a alternativa mais eficaz para o cliente e para o motorista, isso faz com que todos fiquem felizes e nós conquistamos parceiros para continuar crescendo com consistência”, destaca Tataren.
O executivo destaca que “enquanto muitas empresas de logística e transporte reclamam das relações com os caminhoneiros, nós criamos um sistema que dá a ele a certeza de que o bom desempenho retorna em benefícios”. Segundo o CEO, a regra é clara: “recusou carga vai para o final da fila. Insistiu na postura, o profissional é retirado da base”. Todas as decisões são tomadas com base em dados.
A carteira de mais de 60 clientes com rotas para todos os cantos do Brasil vem crescendo a cada trimestre e o CEO prevê um crescimento ainda maior. “Hoje, estamos olhando para onde o mercado não está mirando. Deixamos de ser uma empresa de transporte para ser uma empresa de tecnologia. E aí está nosso segredo”, ressalta. “Estamos em um mercado muito pulverizado em que o principal ativo é o caminhoneiro e aprendemos a tratá-lo com respeito e consideração”.
Próximos passos
A “onda” da entrega rápida advinda das vendas online promoveu alteração nesse mercado e “muitos operadores não conseguirão sobreviver a tudo que está por vir nos próximos três anos”, complementa. Hoje, quase 100% de sua operação está pautada na demanda da indústria manufatureira, mas isso provavelmente não durará muito, de acordo com Tataren. “Queremos mais e as oportunidades existem aos montes nesse mercado. Vamos surpreender”, diz.
Para suportar essa movimentação diferenciada em um mercado conservador, a empresa vem realizando um processo de governança corporativa para assim criar cada vez mais robustez operacional. Quem cuida dessa estruturação é a XR Advisor, um fundo de private equity, que traçou movimentos arrojados, que incluem não só a expansão da empresa, mas também possíveis aquisições.
Segundo o Presidente do Conselho da XR, Rodolfo Oliveira, “o mercado logístico reserva uma série de oportunidades a players dispostos a inovar e usar a tecnologia a seu favor. Nosso objetivo é unir nossa expertise em governança com a for;ca empreendedora e inovadora da empresa para promover um crescimento substancial”.







