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Economia, empresas e negócios do Paraná por Marcos Xavier Vicente. Sugestões no e-mail prsa@gazetadopovo.com.br

Logística

Transportes Gritsch planeja aumentar 30% as entregas expressas “indo onde ninguém vai”

Transportes Gritsch investiu na atualização da frota para atender a expansão do serviço de entrega expressa. (Foto: Divulgação Gritsch)

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A Transportes Gritsch planeja aumentar em 30% as entregas expressas em 2022. Para isso, a transportadora de Curitiba, que tem entre os clientes a varejista de materiais de construção e decoração Leroy Merlin, a fabricante de lentes Hoya e a Federação Nacional dos Bancos (Febraban), passou em março a fazer entregas 24 horas não só de empresas, mas também de pessoas físicas.

O que demandou um novo planejamento, com substituição de parte da frota e parcerias com transportadoras menores para complementar a operação.

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Com a ampliação, a transportadora reforça a busca e entrega rápidas nos mais distantes locais de nove estados e do Distrito Federal. Além do Paraná, a Gritsch atende todo o interior de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Bahia e Rondônia. "Em cidades maiores, como Londrina, quase todos os players entregam. Mas para cidades como Toledo e Umuarama, são poucas que entregam com prazo rápido", afirma o CEO da transportadora, Tércio Gritsch.

Toda a distribuição é feita a partir do Centro de Distribuição e Logística em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. De lá saem todas as encomendas para os centros de distribuição regionais da empresa, sempre com rastreamento.

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"Transportamos pacotes com uma operação semelhante à dos grandes players no mercado, como Correios e DHL. A diferença é que alcançamos localidades onde poucas delas chegam", afirma o CEO. "Levamos essa velocidade de entrega nos locais mais distantes de toda as regiões Sul e Centro-Oeste, além da Bahia e Rondônia", complementa o executivo.

Tércio, que também é administrador do Grupo Gritsch, que engloba uma locadora de veículos, explica que a empresa pretende ocupar o espaço deixado pelos Correios nas entregas de urgência fora das capitais.

Isso inclui desde entregas de remédios e outros itens essenciais, como produtos ópticos, até documentos de municípios que não contam com digitalização. A Gritsch tem certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para transporte de fármacos - na pandemia, a empresa transportou no Paraná vacinas de Covid-19.

Interior

Só no Paraná, a entrega expressa aumentou 20% em três meses o serviço foi ampliado para pessoas físicas, com média de duas mil entregas diárias. Tércio explica que o valor do serviço é mais caro do que os concorrentes. Pelos Correios, por exemplo, o transporte de um pacote de 1 kg de Toledo para Curitiba custa, em média, metade do cobrado pela Gritsch. O diferencial é o tempo de entrega.

"Nós buscamos na porta do cliente e concluímos a entrega em 24 horas. Os outros players levam de 48 a 72 horas nessa mesma entrega. Quem precisa de um remédio ou mesmo de uma lente de óculos não pode esperar dois, três, quadro dias", reforça Tércio. "O custo é mais alto justamente porque entregamos rápido em locais remotos e com rastreamento, com a entrega podendo ser acompanhado pelo nosso SAC", complementa o CEO.

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Os números reforçam a ocupação desse nicho. Hoje, 70% das entregas da Gritsch são no fluxo do interior para as capitais ou do interior para outras cidades do interior. "O sentido contrário, da capital para o interior, todas as empresas do setor fazem", afirma Tércio.

Esse movimento, explica o CEO, ganhou força na pandemia, quando muitos varejistas passaram a vender pelo ecomerce, incluindo os pequenos comerciantes. "A pandemia impulsionou esse segmento, com muita força no sentido contrário das rotas, ou seja, do interior para a capital. Isso permitiu que as empresas do interior também vendessem para a capital", compara Tércio, ao citar a venda de máscaras no pico da crise sanitária. "Quando as máscaras acabaram em Curitiba, as fabricantes do interior passaram a abastecer o mercado da capital", afirma.

Frota

Para cumprir o lema de "chegar onde as outras não chegam", a Gritsch começou a executar o planejamento em 2021. O primeiro passo foi readequar a frota. Na sequência, a empresa aumentou a parceria com pequenas transportadoras que atuam nas localidades mais remotas.

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Foram investidos ano passado R$ 20 milhões na substituição de veículos pequenos por de médio porte, especialmente picapes. A transportadora também aumentou a capacidade dos caminhões. Tudo para atender o aumento da demanda do novo serviço.

Capilaridade com parcerias

A rede de pequenas transportadoras parceiras também cresceu, em torno de 9% até aqui em 2022 em relação a todo o ano passado. Tércio explica que em estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul 100% de toda a operação é feita pela própria Gritsch. Mas em algum estados há necessidade de que a operação seja complementada por empresas que circulam por rotas de menor fluxo.

É o caso do Paraná, onde a Gritsch consegue atender com sua própria frota 80% do estado. Os outros 20% são feitos por transportadoras terceirizadas.

Essas transportadoras menores geralmente são empresas familiares que atendem municípios mais afastados, incluindo áreas rurais. A parceria, explica Tércio, não exige que essas transportadoras parceiras tenham que mudar suas rotas.

"A gente só introduziu produtos a mais para eles transportarem nas rotas que já fazem. Isso só agrega valor na operação dessas pequenas transportadoras", explica o CEO. "Cada pacote a mais é lucro para eles sem ter de mudar a rota. Se a transportadora vai buscar um remédio na farmácia de uma cidadezinha, por exemplo, já pode entregar um produto encomendado pelo nosso cliente", completa.

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