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Na genial distopia 1984, George Orwell descreve os Dois Minutos de Ódio, um ritual coletivo diário do qual os cidadãos de um país socialista são obrigados a participar: “Um êxtase horrendo de medo e vingança, um desejo de matar, de torturar, de esmagar rostos com um martelo parecia percorrer todo o grupo de pessoas como uma corrente elétrica, transformando cada um, mesmo contra a vontade, num lunático carrancudo a berrar.”
Alguém já disse que tudo acontece primeiro na literatura para depois acontecer na realidade. Confirmando essa tese, o trecho de Orwell que acabei de citar representa com perfeição a atitude do militante esquerdista moderno. Tivemos uma clara demonstração de tal comportamento mimético após o assassinato do influenciador conservador Charlie Kirk, na última quarta-feira.
As manifestações de êxtase e júbilo pela morte de Kirk, um brilhante debatedor de apenas 31 anos, foram vistas por toda parte. Nos Estados Unidos e no Brasil, militantes e mídias de esquerda celebraram a morte de Charlie Kirk — sem compaixão, sem vergonha. Para eles, esse é o destino merecido de todo cristão ou judeu conservador.
Ao longo das últimas décadas, a esquerda transformou os Dois Minutos de Ódio em um espetáculo permanente, que envenenou todo o tecido social. O ódio tomou conta da mídia, da cultura, do sistema de ensino, das instituições e, principalmente, da alma dos jovens. O único lugar em que o ódio esquerdista não consegue exercer domínio completo é a internet — e justamente por isso a esquerda quer censurar e eliminar os canais livres que ainda restam.
Não há possibilidade de diálogo com um militante esquerdista, pelo simples fato de que não se pode conversar com alguém cujo objetivo principal é matar você
Todo esquerdista, se pudesse, assassinaria o oponente caso tivesse meios de ação e garantia de impunidade. Mas o militante sabe que esses meios e essa garantia, em algum momento, lhe serão oferecidos por regimes totalitários.
O que está sendo preparado pelo movimento revolucionário é um grande genocídio — uma matança que fará o assassinato de 150 milhões de vítimas do comunismo no último século parecer brincadeira. A morte de Charlie Kirk é um dos sinais desse grande colapso civilizacional.
Charlie Kirk morreu por exercer o seu direito de falar livremente. Na sociedade descrita por Orwell em 1984, o maior crime de todos é o crime de pensamento (em novilíngua, crimepensar). Em todas as sociedades comandadas pelo movimento revolucionário, como é o caso do Brasil, o simples fato de dizer alguma coisa (ou seja, expressar um pensamento) pode levar uma pessoa à prisão, à tortura e à morte.
Kirk é um mártir da liberdade, um jovem Sócrates do nosso tempo. Considero extremamente relevante o fato de que ele foi assassinado em uma universidade. Em todo o mundo, as universidades, que deveriam ser instituições dedicadas à produção de conhecimento e ao livre debate, foram transformadas em templos do ódio e do pensamento totalitário (aquele que impede a dialética, no sentido socrático).
O domínio da esquerda sobre as universidades é um fenômeno mundial — como se vê no Brasil. Um dia antes da morte de Charlie Kirk, uma horda de militantes esquerdistas impediu a realização de uma palestra do advogado (e comentarista da Gazeta) Jeffrey Chiquini e do vereador Guilherme Kilter na UFPR.
A propósito, onde se formaram os membros do Supremo Soviete, que acabam de protagonizar o maior vexame da história jurídica do Brasil, com o assassinato do devido processo legal e a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de centenas de brasileiros inocentes por crimes impossíveis e inexistentes? Na universidade do ódio, é claro.
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