Na última semana, o ministro Alexandre de Moraes proferiu uma aula inaugural na Faculdade de Direito da USP, instituição tradicional que formou muitos dos grandes juristas do país.
Entre outras bobagens, em sua fala Moraes destacou a "instrumentalização das redes sociais por grupos fascistas de extrema direita" e denunciou um suposto "retorno da misoginia". Foi constrangedor.
A repercussão negativa ao discurso não se limitou às críticas internas. Em uma reviravolta internacional, as plataformas Rumble e Trump Media decidiram processar o ministro na justiça americana, firmando que não são obrigadas a obedecer as ordens dele.
Além disso, o Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei que pode impedir Moraes de entrar em território americano, argumentando que ele desrespeitou a liberdade de expressão garantida pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos.
Memes
As reações não pararam por aí. A embaixada dos Estados Unidos no Brasil se manifestou, afirmando que impor censura a cidadãos que vivem em território americano é incompatível com os valores democráticos. Entrando de sola, o Itamaraty respondeu acusando os Estados Unidos de politizar decisões judiciais e reafirmando a importância da independência dos poderes no Brasil.
Essa troca de farpas evidencia um cenário de tensão na política externa brasileira, acentuada pela pressão de Moraes sobre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
O clima de incerteza e confusão se reflete não apenas nas esferas política e legal, mas também no imaginário popular, que não hesita em transformar essas situações em memes, explorando com ironia as complexidades da governança brasileira atual.
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