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A 2ª edição da Cúpula Agro Global, realizada nesta semana em Buenos Aires, na Argentina, fortaleceu o trabalho iniciado no ano passado em Brasília, durante a primeira edição do evento na sede da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Unida, a América do Sul tem transformado seus desafios em oportunidades e define o agro como protagonista de seu próprio futuro.
Parlamentares do Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru e Colômbia, além de lideranças do setor produtivo dos países, participaram dos debates com o objetivo claro de coordenar ações sobre temas comuns ao desenvolvimento e à competitividade do setor produtivo na América do Sul.
Durante o encontro, questões concorrenciais foram deixadas de lado para dar espaço a assuntos de interesse geral, como a nova geopolítica mundial e os impactos das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. Já falamos sobre as oportunidades deste momento e como a América do Sul pode se unir para ocupar mercados disponíveis.
Além do debate sobre comércio global e barreiras tarifárias, outros três painéis discutiram temas essenciais para o setor: segurança alimentar, sustentabilidade e desigualdade tecnológica; infraestrutura e conectividade rural; e o papel dos parlamentos na elaboração de políticas públicas efetivas.
Mais uma vez, a participação da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), representada por deputados e senadores de vários estados brasileiros, recebeu destaque pelo formato de atuação junto ao setor produtivo brasileiro. A bancada do Brasil visitou o parlamento argentino para unir congressistas da região em defesa de toda a cadeia produtiva.
A Fundação Barbechando, braço técnico do setor na Argentina, em parceria com o Instituto Pensar Agro (IPA), do Brasil, foi responsável por promover essa segunda edição da Cúpula. O encontro promoveu o intercâmbio de ideias e soluções legislativas entre parlamentares dos sete países participantes.
Nosso país possui uma grande responsabilidade em mediar e liderar esse diálogo regional, com o enfrentamento de barreiras ideológicas e comerciais, e na construção de pontes com os países vizinhos
Esse compromisso está refletido na Carta de Buenos Aires, assinada ao final do evento pelos sete países representados. No documento, todos reafirmam a intenção de fortalecer o setor agropecuário regional, ampliar a oferta de alimentos, promover a gestão sustentável dos recursos naturais, reduzir a pobreza e aumentar os investimentos em produção, geração de empregos no campo e desenvolvimento regional.
O texto também aponta a agro-bioindústria como elemento estratégico para garantir a segurança alimentar global, além de enfatizar o papel-chave da América do Sul nas discussões sobre biodiversidade, inovação e aumento da produtividade.
Foram unânimes em destacar a importância dessa agenda conjunta, especialmente diante das incertezas do comércio global. Independentemente das diferenças concorrenciais, ficou evidente que os sete países estão unidos na defesa dos produtores rurais, no combate às narrativas contrárias ao setor e na valorização da agropecuária como motor econômico da América Latina.
Conteúdo editado por: Aline Menezes




