O carinho é a base para o equilíbrio. Os estudiosos provam que é difícil viver sem ele. Uma criança que não recebe carinho cresce revoltada e adquire uma personalidade fria e calculista.
Entretanto, o carinho em excesso pode torná-la dependente, incapaz de desenvolver-se satisfatoriamente e lutar pelos ideais com garra e coragem.
Muitas mães deixam de acariciar seus bebês por medo do excesso de mimo, de que cresçam mal acostumados. A doutora Mari Ainsworth da Universidade de Virgínia diz que não há contra indicações para os carinhos.
É exatamente o equilíbrio e a dosagem do carinho que estabelecem a harmonia do ser humano. Somos seres amorosos. Por isso, quando amamos e somos correspondidos, é preciso valorizar esse sentimento e principalmente respeitar aquele que nos preza e nos ama. O amor é o sentimento básico de uma ligação, mas a ternura, o carinho, o beijo, o toque e o afeto são o complemento indispensável para uma união plena e satisfatória.
Como vivemos num mundo capitalista, quando pensamos em agradar alguém imediatamente nos vêm a idéia em presenteá-lo com alguma coisa material.
Muitas vezes, ele está à espera de pequenos gestos e atitudes. Ele anseia por proteção e carinho. A ternura é um gesto espontâneo, brota dos corações apaixonados que não medem esforços para ser feliz ao lado de quem amam verdadeiramente.
No nosso relacionamento interpessoal é bastante comum percebermos a dificuldade que as pessoas tem com relação ao toque, ao aperto de mão e ao abraço. Os estudos reforçam a tese de que a carícia, o beijo, o dengo e o abraço são terapêuticos e criam mecanismos para fortalecer a auto-estima. Tem gente que evita o toque porque teme que, pelo fato do desconhecimento do outro, as pessoas possam confundir a linguagem corporal com interesse sexual.
Certamente seria mais fácil a aproximação das pessoas se fosse estimulada a troca de carinhos. A nossa cultura só estimula os laços de ternura nas relações amorosas. A gente não deve ter vergonha de ser o que a gente é, no entanto, é no seio da família que devemos tentar nos exercitar para sermos melhores como pessoas. Desde o pedido de desculpas, passando pelos gestos de boas maneiras e etiqueta: “com licença, parabéns, eu gosto de você, você gostaria?, obrigado, bom dia”.
Com o passar do tempo parece que tais palavras caem em desuso porque os casais erroneamente acreditam que não precisam mais agradar, afinal são íntimos.
Uma gentileza, um abraço afetuoso e um toque de carinho, certamente sempre serão bem-vindos, não é mesmo?



