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Congresso Nacional e Palácio do Planalto
Vista do Congresso Nacional com o Palácio do Planalto no fundo, à esquerda.| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Nesta última segunda-feira (1), como amplamente divulgado em toda a mídia, tivemos as eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e Senado no Congresso Nacional. O tema, de alta relevância para o mercado financeiro, era esperado com certa ansiedade.

Por mais que já houvesse expectativa quanto as vitórias de Rodrigo Pacheco no Senado e de Arthur Lira na Câmara, faltavam as confirmações que logo vieram. Mas mais do que isso, havia certa apreensão quanto ao número de votos de cada um, que poderia dividir votações importantes ao país, dado que são necessários três quintos para mudanças em Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Ou seja, isso significaria 308 votos dos deputados e 49 dos senadores.

Dado esse contexto, agora vem a expectativa pelas primeiras articulações ou medidas que são discutidas diariamente como a manutenção do Teto de Gastos, a PEC Emergencial, a possibilidade de extensão do auxílio emergencial e a forma como isso será realizado, além das privatizações.

Independentemente se o governo federal trabalhou ativamente pela eleição de ambos, o que precisa ficar claro é como irão lidar com os temas mencionados acima. Isso porque o país passa por um momento especial decorrente da pandemia do Covid-19 e do desequilíbrio das contas públicas.

Nas falas dos vencedores após o pleito, prevaleceu o tom mais genérico. Lira, no caso da defesa em relação ao avanço das reformas. O novo presidente da Câmara também mencionou em seu discurso a necessidade de ajudar quem está em situação de desespero econômico por causa da pandemia. Já Pacheco deu mais detalhes da pauta que pretende trabalhar, mas sem ir muito além.

As falas não chegam a fincar bandeiras, mas reforçam a impressão de que deve haver um período inicial em que ambos poderão ouvir do Planalto as demandas de agenda para negociar prioridades. Agenda essa, que sem dúvida, será acompanhada atentamente pelos investidores como um todo, ainda mais para monitorar se seguirá o que deseja o Ministro da Economia, Paulo Guedes.

Dessa forma, muitos acreditam que as tais reformas desejadas poderão avançar nas casas no próximo biênio ou ainda mais especificamente em 2021, dado que no próximo ano já se inicia o grande interesse pelas eleições para presidente do Brasil.

Sendo assim, importante estarmos atentos a todas estas pautas que têm norteado o mercado de investimentos nacional nos últimos meses, sobretudo pela preocupação na atividade econômica, na inflação, no câmbio e nas contas públicas. Se não vierem, não será uma surpresa vermos indicadores caminhando para uma forma ainda mais negativa do que os atuais.

Nas próximas semanas acredito que já poderemos ter alguma visibilidade, mas lembrando que o caminho será longo e com grande custo financeiro e político para vermos as tais aprovações ocorrendo.

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