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Quando o Estado interfere na economia os beneficiados são aqueles que controlam o Estado. Capitalismo não tem a ver com capital. Na verdade, capitalismo é uma forma antiga de ganhar a vida na qual você dá a uma pessoa algo de que ela precisa e recebe dela, em troca, uma coisa que você valoriza. Isso se chama sistema de trocas voluntárias. Por exemplo: você entrega a essa pessoa um produto ou serviço e recebe dinheiro. Um nome melhor para o capitalismo é sistema de livre mercado. Isso sempre existiu, desde o início da história. O filósofo Franz Oppenheimer chama isso de meio econômico de ganhar a vida.
Socialismo não tem nada a ver com social ou com sociedade. Na verdade, socialismo é um sistema no qual se usa a mentira ou a força para obrigar as pessoas a fazer o que elas não querem e tomar sua propriedade e liberdade. Os outros nomes que esse sistema recebe são marxismo, comunismo e “progressismo”. O nome mais apropriado é totalitarismo. O socialismo é vendido como uma coisa fofa, uma manifestação política de solidariedade e um instrumento para corrigir as inevitáveis diferenças (algumas ruins, muitas delas boas) que existem entre os homens, para que todos tenham as mesmas coisas e sejam exatamente iguais. Mas o socialismo, na prática, é apenas uma desculpa usada por tiranos para fazer o que eles querem, inclusive matar dezenas de milhões de pessoas, sempre com a desculpa de que estão “construindo um mundo melhor”. Os tiranos do Estado socialista e a elite que gravita ao seu redor vivem de roubar a propriedade e o trabalho da maioria da população. O filósofo Franz Oppenheimer chama isso de meio político de ganhar a vida.
O Estado se tornou um imenso parasita que suga o sangue das relações econômicas e leva a maior parte dos frutos do nosso trabalho. Os imensos e repetidos escândalos – como acontece, agora, no INSS – não são acidentes ou erros evitáveis; eles são a consequência natural e lógica do modelo interventor e explorador criado e justificado pela fantasia socialista
O sistema de livre mercado – o “capitalismo” – é o mais adequado para atender as necessidades e expectativas de indivíduos livres, que querem tomar suas próprias decisões. O socialismo é um sistema no qual uma elite privilegiada e rica determina como a grande massa subordinada e pobre deve viver suas vidas. O socialismo é baseado na crença de que a elite tem a capacidade de tomar as melhores decisões morais, políticas e econômicas. Uma das ideias centrais do socialismo é a fantasia de que a economia pode ser planejada e dirigida de forma centralizada. Essa fantasia é tão sedutora que influencia até o pensamento de políticos e homens públicos que não se consideram socialistas.
Mas a economia de um país não é uma máquina que pode ser ajustada, lubrificada, acelerada ou controlada de uma determinada maneira. Isso é uma ilusão criada com base em ideologia, ignorância e em visões equivocadas do comportamento das pessoas. Esse equívoco é promovido intencionalmente por pessoas cujo poder e riqueza dependem justamente do controle que elas exercem, ou querem exercer, sobre as vidas dos outros – principalmente seus aspectos econômicos e financeiros. Na verdade, a economia é um sistema complexo de relações entre pessoas que não está sujeito a qualquer controle centralizado. Uma economia é formada por uma infinidade de decisões individuais tomadas pelas pessoas quando buscam satisfazer suas necessidades e desejos. Cada indivíduo sabe o que é melhor para si e para sua família. Tentativas de dirigir a economia não são apenas inúteis; elas operam contra os interesses dos indivíduos e sempre causam pobreza, sofrimento e mortes. Isso não impede que, em muitas épocas e países, políticos de diferentes ideologias acreditem nessa falácia e usem a máquina do Estado para tentar controlar, dirigir, regulamentar, aquecer ou esfriar o funcionamento da economia. O resultado da interferência estatal na economia é sempre negativo.
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O que estou dizendo aqui é praticamente o oposto do que diz o senso comum e do que é afirmado todos os dias pelos políticos, pelos governantes, pelo sistema educacional e pela maioria da mídia. A narrativa predominante diz que é absolutamente necessária a intervenção permanente do governo e do Estado na economia, ajustando aqui, regulando ali, determinando o que deve ser feito e de que forma deve ser feito. Essa posição é o resultado de uma mistura de ideologia, ignorância e conveniência, misturadas em partes iguais. É também uma expressão do interesse daqueles que têm o privilégio de sentar na cadeira de controlador da atividade econômica: no mundo moderno poucas coisas são mais lucrativas do que usar o poder do Estado para interferir na economia.
Embora seja o resultado natural de ações rotineiras de indivíduos, a economia é um assunto complexo. É necessário estudo, leitura e reflexão para entender seus princípios básicos. Para entender as consequências da crescente interferência do Estado na atividade econômica é necessário conhecer e comparar as experiências de diversas nações em vários momentos da história. A maioria de nós não tem energia, recursos, disposição ou tempo para isso. Por isso nos tornamos reféns da elite que controla o Estado.
Nos matamos de trabalhar, mas nosso dinheiro perde valor a cada dia. Pagamos impostos extorsivos sobre tudo o que ganhamos, produzimos, poupamos, construímos, vendemos e herdamos. Nossos salários, nossos saldos bancários e até nossas aposentadorias estão permanentemente sujeitas a tributação, a retenção e a confisco, e mesmo assim o Estado sempre gasta mais do que arrecada e gera uma dívida crescente e impagável.
Entregamos o controle da nossa vida a pessoas sem qualquer preparo intelectual, técnico ou moral. O Estado se tornou um imenso parasita que suga o sangue das relações econômicas e leva a maior parte dos frutos do nosso trabalho. Os imensos e repetidos escândalos – como acontece, agora, no INSS – não são acidentes ou erros evitáveis; eles são a consequência natural e lógica do modelo interventor e explorador criado e justificado pela fantasia socialista.
Em pleno século XXI, está na hora de uma mudança.




