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Decisão do ministro Celso de Mello suspendeu os processos contra o procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato, no CNMP.
Deltan Dallagnol deixou o Ministério Público para se dedicar a “projetos maiores”| Foto: Albari Rosa/ Aquivo Gazeta do Povo

“O convite está feito, o projeto detalhado. Agora, vamos aguardar o tempo dele para fazermos a filiação”. O senador Alvaro Dias (Podemos) afirmou, nesta quinta-feira (11), que o ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol deverá seguir o caminho do ex-juiz Sergio Moro e filiar-se ao Podemos. Segundo o senador, Deltan disputaria uma vaga na Câmara dos Deputados, “fazendo uma votação histórica para deputado federal”.

Ainda segundo Alvaro Dias, a filiação do ex-procurador deverá ocorrer em dezembro. “Ele acaba de se desligar do Ministério Público, temos que respeitar o tempo de reflexão dele. Ele é nosso convidado e vamos aguardá-lo”.

Com pré-candidato a presidente da República, o próprio Alvaro Dias devendo concorrer à reeleição para o Senado e a tendência de montar uma forte chapara para as eleições proporcionais, o Podemos precisa, agora, definir qual será seu palanque no estado. Antes do fato novo da filiação de Moro, o partido caminhava para uma aliança com o governador Ratinho Junior. Com a necessidade de criação de um palanque comprometido com a candidatura de Moro à presidência, já há, no partido, quem defenda a candidatura própria ao Governo do Estado.

“São etapas. Estamos vencendo essa que é a da definição da participação do partido no projeto nacional. Depois vamos aguardar os acontecimentos para discutir o estado”, disse Alvaro Dias, que não descarta a adesão de Ratinho Junior à candidatura de Moro. “Depende dele, ele só que pode responder, não queremos constranger. Ele terá tempo e liberdade para escolher”, disse.

Para o senador, o Podemos não ficará refém da decisão de Ratinho Junior. “Tocaremos o projeto nacional com tranquilidade. O estado tem mais uma possibilidade de eleger o presidente da República (o próprio Alvaro foi candidato em 2018) e, agora, em um cenário muito mais favorável, pois, certamente, haverá maior reflexão do eleitor, que não se deixará levar, novamente, pela emoção. A eleição estadual é uma outra etapa e nós não estamos com pressa”, concluiu.

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