Opinião

O que esperar do segundo mandato de Ratinho Junior

14/11/2022 14:02
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Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) governará o Paraná por mais quatro anos, até 2026. Numa eleição que acabou tendo um caráter de referendo, o eleitor paranaense reelegeu Ratinho Junior com mais de 69% dos votos. Uma votação tão expressiva, já no primeiro turno, em um país politicamente dividido, dá respaldo para que o governador mantenha sua forma de governar, já que foi aprovada por mais de dois terços da população.
O primeiro mandato de Ratinho Junior foi marcado pelo fim dos contratos do pedágio no Anel de Integração das rodovias paranaenses, pela pandemia de Covid-19 e pela maior crise hídrica enfrentada nos últimos 100 anos. E o que esperar dos próximos quatro anos de gestão?
Em entrevista à coluna, Ratinho Junior abordou as perspectivas para seu novo mandato. Destacamos, aqui o que disse o governador sobre algumas áreas:

Grandes obras

“Será o governo da conclusão das grandes obras. Muitas já estamos tocando, ou, ao menos, já fizemos a parte mais chata, que é a burocracia, as licenças a licitação. A Ponte de Guaratuba, já foi licitada, a segunda ponte entre Foz do Iguaçu e o Paraguai está para ser entregues. Temos as obras dos contratos de leniência das antigas concessionárias de pedágio, que foram obras que o Governo do Paraná escolheu como prioritárias. E teremos novas obras das novas concessões. Mas um dos grandes destaques é a Nova Ferroeste, que está pronta para ser licitada. Eu quero ver se eu faço uma rodada internacional, apresentando esses projetos, em especial a nova ferrovia, com alguns fundos, porque esse é um projeto de US$ 2,5 bilhões. São poucos no Brasil que têm condição de pegar um projeto desse. Então nós temos que atrair investidor internacional. Estamos vendo se, em novembro, a gente vai para Nova York falar com alguns fundos de investimentos, para a Europa ou até Emirados Árabes”.

Educação / terceirizações

“Vai se dar como nós já fizemos. Primeiro, a contratação de professores PSS tem que passar por teste. Nós queremos cada vez mais elevar a régua de qualidade dos professores. É uma coisa que não existia e nós resolvemos fazer para, justamente, ter os melhores professores na sala de aula. Também vamos abrir concurso para 2 mil professores. As terceirizações foram e vão continuar sendo feitas na medida do possível, quando tem a necessidade, porque melhora a gestão dentro da escola. E isso não é só na educação. Nada justifica eu ter um policial que ganha R$ 6 mil, que passa por um treinamento rígido, fazer serviço administrativo. Não tem lógica. Eu vou lá, contrato uma pessoa com serviço administrativo de uma terceirizada, com um contador, um auxiliar administrativo e ele vai fazer. O policial vai fazer a função dele, que é cuidar de rua, cuidar das famílias”.

Saúde

Temos que continuar fazendo os investimentos para diminuir a fila por consultas e procedimentos de especialidades médicas. No final do ano passado, injetamos R$ 150 milhões no programa Opera Paraná. Historicamente, se você pegar o orçamento da saúde, o Paraná investia 30 milhões em cirurgias eletivas. Nós pulamos para 150 milhões esse ano. Vamos repetir o investimento de R$ 150 milhões. Nós criamos o AME, um ambulatório médico de especialidades, em Cascavel, Apucarana, estamos em construção de Jacarezinho, vamos construir de Cornélio Procópio e Ivaiporã. O plano é de 21 Ames espalhados regionalmente, com o médico especialista mais perto das pessoas.

Inovação

Acredito que a gente conseguiu consolidar um ecossistema importante de inovação, tanto público, quanto privado. Hoje nós temos 14 grandes centros de inovação e tecnologia espalhados pelo Paraná, que junta o poder público, as nossas universidades estaduais, algumas até privadas, e as empresas do setor privado. Nós temos o projeto de programação nas escolas que já está criando um grande berçário de mão de obra para o Estado. Isso é muito importante para atrair investimento do setor, porque, naturalmente o setor quer estar próximo de onde tem mão de obra qualificada. Agora, quero mais inovação interna do Estado, para fazer com que a tecnologia possa estar mais dentro do serviço público para ter uma melhor prestação de serviço para o cidadão no atendimento, na prestação do serviço mais rápido e mais fácil.