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A festa e o choro

Olímpica coincidência. Logo depois da homenagem a Santos Dumont, na festa de abertura das Olimpíadas (e da furibunda reação de alguns norte-americanos), professor Afronsius encontrou um belo registro da façanha do brasileiro. Está no livro 80 Anos de Brasil, editado pela Souza Cruz em 1983.

Sob o título Uma improbabilidade técnica nos céus de Paris, temos:

– Campo de Bagatelle, arredores de Paris, 23 de outubro de 1906. Milhares de assistentes: um homem, um brasileiro (vejam só!) vai tentar voar. E, pior, num veículo que pesa muitas vezes mais do que o próprio ar.

A multidão quer assistir ao insucesso: havia 13 tentativas anteriores fracassadas. Um grande espetáculo. Lentamente, a engenhoca se move. É o 14-Bis, 10 metros de comprimento, 12 metros de envergadura, superfície total de 80 metros quadrados. O peso é de 160 quilos, que devem ser suspensos por um motor de 24 HP. Impossível!

– Mas – surpresa! – a máquina começa a ser erguer. Está a dois ou três metros acima de todas as cabeças. E percorre nada menos que 60 metros no campo de Bagatelle.

O homem conseguiu o improvável, fez o primeiro voo mecânico do mundo (devidamente homologado). Aplausos, chapéus jogados para o ar, lenços agitados – Santos Dumont é o Pai da Aviação.

Sem ajuda de catapulta

Mas, ainda sobre a reação dos gringos, defendendo que foram os irmãos Wright os pioneiros no voo motorizado, em 1903, três anos antes de Santos Dumont, tem mais. O primeiro voo homologado da história foi feito por Santos Dumont, que, ao contrário dos irmãos Wright, não precisou de uma catapulta.

ENQUANTO ISSO…

 

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