
Sai o velho e tradicional Cartola e entra em cena um novo mascote. Pelo menos é o que propõe Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético Paranaense. E a maior parte da torcida aprova a iniciativa. Segundo Petraglia, Cartola seria “imitação do pó de arroz, dos ricos do Fluminense”. E sugere a figura de duas crianças:
– Pensamos algo assim, de origem popular, caracterizado de atleticano o casal de piás. A cara do povão atleticano, que herdará um dos maiores clubes do mundo!
De cartola a povão
Não é de hoje que se pretende destituir o Cartola, um suposto símbolo da Casa Grande, da elite. Em 1973, por exemplo, o então presidente Lauro Rego Barros, ressaltando que os próprios atleticanos adotavam o Cartola, “por se considerarem de um clube de nível social superior aos demais”, classificava esse conceito como negativo ao clube. Daí iniciar a campanha “Clube do Povão”.
Voltando mais para trás: quando da fundação, em 1924, o Clube Atlético Paranaense (resultado da fusão Internacional e América) era denominado pela imprensa curitibana como Rubro-negro e, também, “tricolor”, por adotar o vermelho (do América), o preto (do Internacional) e o branco (comum aos dois).
No dia 26 de março daquele ano, recebeu o nome Club Athletico Paranaense, seguindo a grafia da época, por supuesto. Depois, com as reformas ortográficas, veio a ser Clube Atlético Paranaense.
Outras mudanças:
– Em 1973, a camisa chegou a ser toda vermelha, com uma faixa preta transversal. A ideia foi de um torcedor, que viu algo parecido na Argentina.
– Em 1977, voltaram as listras verticais, finas e grossas, intercalando-se. Mas, segundo a torcida, “parecia uma fantasia”.
– Já em 1988, o Atlético alterou oficialmente seu distintivo e o uniforme. As listras rubro-negras deixaram de ser horizontais e passaram a ser verticais. A estreia do novo uniforme ocorreu no jogo contra o Coritiba, no dia 4 de setembro, na primeira rodada do Campeonato Brasileiro. A mudança decorreu de iniciativa do então presidente Valmor Zimermann, que pensava em diferenciar o Atlético dos demais rubro-negros “horizontais” do país.
Resumindo: bola pra frente.
ENQUANTO ISSO…




