

Leonilda, a vendedora de sorvete do Trieste marcando presença no clássico entre Trieste e Urano
Antes de a bola rolar no clássico no último sábado (18) entre Trieste e Urano, foi possível ver uma aglomeração de adultos e crianças numa barraca de sorvete bem próxima ao gramado do Estádio Francisco Muraro, em Santa Felicidade.
Em plena época de inverno, o calor curitibano aumentava e a fila para se refrescar no campo do Trieste também era grande. Bermuda, chinelo, camiseta, boné e regata eram os trajes mais usados pelo público da capital.
Os torcedores que chegavam ao estádio para assistir a partida eram fisgados com o intenso calor e puxados feito imã ao encontro da barraquinha de sorvete da dona Leonilda. Era difícil alguém passar por ali e não experimentar o sorvete da torcedora do Trieste.
A vendedora trabalha aos sábados durante os jogos vendendo sorvete do tipo italiano, na casquinha e no copinho. Quando o tempo está quente ela vende em média de 150 sorvetes por dia, cobrando R$ 2,50 cada. Leonilda, além de torcedora do time da casa, é funcionária do clube. Divide-se vendendo sorvetes nas partidas do amador e durante a semana é a responsável pela limpeza e manutenção dos vestiários, quadras e academia do Trieste.
Ela trabalha no clube da colônia italiana há seis anos e pratica a venda para aumentar a renda da família. Uniu o útil ao agradável preenchendo as horas livres. “Comprei a máquina de fazer sorvete e meu chefe cedeu o espaço aqui no Trieste. Ele é o melhor patrão do mundo, me ajudou muito e sou muito grata a ele”, concluiu sorridente.
“Durante os jogos no ginásio as crianças vem com os pais e se tornam a maioria saboreando o sorvete. Elas são fiéis na barraquinha. Quando alguma criança diz que não tem dinheiro para pagar e está com vontade, vendo fiado. Marco na minha agenda e no dia seguinte ela vem correndo me pagar. Admiro a honestidade delas. Diferente do que ocorreu durante uma partida da Suburbana quando um cliente me pediu cinco sorvetes. Na hora de pagar ele colocou a mão no bolso e disse que havia esquecido a carteira em casa. Disse que ia buscar o dinheiro e até hoje não voltou,“ concluiu a vendedora.
No final da entrevista tive o privilégio de experimentar o belo sorvete da dona Leonilda.



