Unidos pelo Amor
Hackmed – uma comunidade de hackers da saúde
O Hackmed Conference 2022 aconteceu em julho e trouxe temas como o Metaverso, o 5G e o impacto das novas tecnologias na saúde. | Divulgação
Que hackathons são eventos que envolvem pessoas interessadas em solucionar problemas e desenvolver soluções inovadoras para questões específicas, você já sabe. Mas que um deles está se transformando em uma nova comunidade digital no Facebook, isso eu vou te contar agora.
O Hackmed sonha em transformar a saúde por meio da inovação e do empreendedorismo dando suporte, por meio de educação, conexão e aceleração, para aqueles que vivenciam problemas na área da saúde. Ele também ajuda a construir o futuro da saúde em nosso país.
Quem acreditou nesse sonho foi a Lilian Arai, uma mulher incrível que tive a oportunidade de conhecer em um evento da Meta, em Brasília. Ela me contou que o formato já acontecia nos Estados Unidos, voltado para pessoas de qualquer área de atuação que queriam resolver os problemas que elas mesmas enfrentavam dentro do sistema de saúde. Ela e seu sócio decidiram implementar o mesmo sistema no Brasil.
A Lilian é médica formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e atuou junto ao Comitê de Crise da Covid 19 do Hospital das Clínicas da FMUSP, na implementação de tecnologias como os robôs de telepresença e tablets com suporte para realização de televisitas e teletriagem durante a pandemia.
Seu interesse e envolvimento em projetos ligados à área de educação tem foco especial em alunos de alto rendimento acadêmico, mas também naqueles que apresentam dificuldades de aprendizagem. Isso acabou gerando duas comunidades de orientação no Facebook, a “Pais Olímpicos” e a “Pais Parceiros no Aprendizado”.
Ela também escreveu o livro “Pais Olímpicos” (Ed. Multifoco, 2017), que explica sobre as olimpíadas científicas e o processo para estudar fora, contando diversas histórias de alunos que trilharam por esse caminho.
Seu sócio e CEO da Hackmed, Cauê Gasparotto, em 2018, durante seu intercâmbio na Harvard Medical School, assistiu a uma palestra sobre o MIT Hacking Medicine – grupo fundado em 2011, que tem como objetivo acelerar e impulsionar o empreendedorismo e a inovação em saúde nos EUA.
“Lembro que, enquanto assistia a palestra do professor, só uma coisa passava pela minha cabeça: como seria importante ter algo parecido no Brasil. Mas tudo começou mesmo em 2016, quando participei de um curso de Inovação e Empreendedorismo na USP. A partir daquele curso, tendo em vista que eu era um dos únicos estudantes de medicina inscritos no programa, a ideia de criar um ecossistema de inovação em saúde nunca mais saiu da minha cabeça”, relata Cauê.
A primeira edição do evento aconteceu em janeiro de 2020, antes da pandemia, no Hospital das Clínicas. Além da conferência para um público aproximado de 700 pessoas, houve um hackathon. Cerca de 300 hackers e 150 mentores, distribuídos por 39 equipes, disputaram a competição, propondo ideias e modelos de negócios em três vertentes: atenção primária e telemedicina; terceira idade e reabilitação; saúde mental e cuidados cirúrgicos.
O evento contou com o apoio de Jorge Paulo Lemann, fundador da 3G Capital e AB Inbev, que considera a área da saúde com novas tecnologias um dos segmentos mais interessantes para se investir não só no Brasil, mas globalmente.
Em 2021, devido a pandemia, o evento aconteceu 100% online, mas teve um público de 1,4 mil participantes, que vivenciaram uma experiência de mais de uma semana de duração, com direito a conteúdos exclusivos, mentoria, formação de grupos, trabalho em equipe e muito networking.
De volta ao presencial e agora conhecida como uma das principais conferências sobre inovação e empreendedorismo na saúde, o Hackmed Conference 2022 aconteceu em julho e trouxe temas como o Metaverso, o 5G e o impacto das novas tecnologias na saúde. Liderança, empreendedorismo, gestão e diversidade na saúde também foram discutidos ao longo do evento.
Entre os convidados estavam Jorge Paulo Lemann, Marco Bego, Fabricio Campolina e Sidney Klajner, que inspiraram os empreendedores participantes a impulsionar ideias e transformar o setor.
Da união dessas mentes maravilhosas surge também uma comunidade que nasceu para juntar pessoas que vêem a saúde além do tradicional e estão dispostas a se desenvolver e contribuir para fazer a diferença no sistema de saúde. “Nosso sonho e o sonho de cada pessoa que participa da nossa comunidade é aumentar a qualidade e a quantidade de inovadores em saúde no Brasil e oferecer as condições para que alcancem seus sonhos é o que nos move”, diz a descrição da página.
O espírito desta comunidade não poderia estar melhor descrito no convite para se tornar membro em seu site
“Pensar diferente na saúde é quase um tabu. Mas não aqui. Muitas vezes, durante nossa formação ou atuação dentro do mercado de saúde, somos acostumados a aceitar as coisas porque “sempre foi assim”.
Você já percebeu que existem muitas falhas no sistema de saúde, mas a falta de suporte ou de conhecimento te impossibilita de enxergar como você pode fazer diferente para mudar esta realidade.
Imagine se conectar com pessoas que podem potencializar o seu trabalho e te ajudar a transformar sua própria realidade, da forma como você sempre acreditou que as coisas deveriam ser feitas.
Imagine um lugar onde não haja julgamentos sobre sua forma de enxergar o mundo e onde “não saber as respostas certas” não é motivo de vergonha, mas a razão pela qual nos unimos.
Imagine conhecer gente de todos os cantos do Brasil, unidas por um único propósito: fazer a diferença, onde quer que estejam.
Imagine um lugar onde você não só vai aprender, mas também se conectar a outras pessoas incríveis e contribuir para o desenvolvimento da própria comunidade.
Se você sentiu o brilho no olhar ao ler isso, seu lugar é aqui.” (sic)
Toda e qualquer pessoa interessada em empreendedorismo e inovação em saúde pode fazer parte desta comunidadde chamada Hackmed Club. Especialmente quem quer se conectar com pessoas de diferentes realidades com interesse em inovação em saúde.
Eles já estão presentes no Instagram, WhatsApp e e-mail com uma base de 16 mil seguidores e agora estão dando os primeiros passos para se tornarem uma comunidade do Facebook, onde será o seu meio de comunicação oficial e onde espero contribuir com meus conhecimentos como community manager.
Para conhecer mais sobre o projeto você pode acessar o site ou o Instagram da comunidade, @hackmed.br.
