Unidos pelo amor

O Jeito Alice de empreender: do Facebook para as livrarias

11/10/2022 20:03
Thumbnail

Mônica Berlitz com integrantes da comunidade Clube da Alice. | Divulgação

Eu amo escrever para vocês sobre as comunidades digitais que tenho descoberto nessa minha aventura diária pelo Facebook. Hoje, venho contar um pouco mais sobre a minha comunidade, o Clube da Alice, e como essa história se transformou em um livro.
Desde menina eu era inquieta, criativa, curiosa, tímida e, ao mergulhar no universo do empreendedorismo, me atraiam as trajetórias de mulheres inovadoras, criativas, empreendedoras. Queria aprender com elas, fazer igual, achar meu espaço, mas sem tirar o dos outros.
Quando finalizei um ciclo profissional de 15 anos, não tive medo de voltar ao zero e estudar. Foi difícil começar tudo de novo, mas queria sentir-me satisfeita. Afinal, só se vive uma vez. Foi então que uma ferramenta me pareceu promissora, o Facebook. Era por ele que divulgava meu novo trabalho como fotógrafa e recebia curtidas e comentários que movimentavam meu perfil profissional.
Foi nesta mesma época que comecei a editar uma revista de moda, que ganhou o nome de Palpite da Alice - uma alusão à curiosa personagem de Alice no País das Maravilhas.
O livro conta a história da comunidade Clube da Alice.
O livro conta a história da comunidade Clube da Alice.
Era a oportunidade de dar voz às mulheres e achei que o nome tinha tudo a ver com isso. E lá fui eu divulgar nas redes sociais.
O resultado? Nasceu o Clube da Alice, um grupo virtual que rapidamente contava com 2 mil mulheres. Ali, naquele espaço, todas se sentiam seguras para divulgar seus trabalhos, sanar as dúvidas, trocar. E lá se vão oito anos. Agora, já contamos com mais de 560 mil integrantes
“O Clube da Alice é muito mais que empreendedorismo feminino, é sobre a força que as mulheres descobrem quando dão as mãos”, é assim que costumo descrever a minha comunidade, fundada em 2014.
A rede de economia colaborativa funciona como um canal gratuito para publicações de produtos e serviços, além de incentivar o debate de assuntos relacionados ao universo feminino. Um ambiente saudável, seguro e de pertencimento, que respeita as diferenças. Aliás, pertencimento é a palavra que mais aparece quando as “Alices” expressam seus sentimentos ao falar da importância da comunidade em suas vidas.
Mônica e a Head da Pinó, Andréa Sorgenfrei.
Mônica e a Head da Pinó, Andréa Sorgenfrei.
Tanto que hoje, oito anos depois, o grupo conta com mais de 560 mil integrantes e foi o único escolhido da América Latina para participar do estudo “Poder das Comunidades Virtuais”, uma realidade com mais de 70 milhões de líderes, feito pelo laboratório de governança da Universidade de Nova Iorque.
“Penso que uma comunidade como o Clube da Alice promove o resgate de muito do que a sociedade contemporânea tem perdido com a distância e o ritmo de vida nas grandes cidades”, comenta Flavia Goulart, Diretora de Parcerias com Comunidades da Meta para a América Latina (antes Facebook) .
“... Mônica abriu várias portas para construir essa comunidade que, por sua vez, tem aberto portas e ofertado chaves a tantas Alices que empreendem e que têm gerado transformações não só em suas vidas, mas na vida de tantas pessoas no Brasil, e servido de inspiração para o mundo”, completa. A força feminina é também inspiração para “O Jeito Alice de Empreender”.
O livro, lançado recentemente pela Ideal Books, abre os bastidores da criação da minha comunidade, apresenta a minha trajetória profissional  e reúne histórias de mulheres - empreendedoras ou não - que se beneficiaram com as trocas entre participantes.
O título da obra e da rede remetem à personagem icônica de Lewis Carroll durante suas aventuras pelo País das Maravilhas, já que assim como Alice, eu sempre tive a curiosidade como um de meus maiores motivadores. Eu adoro acompanhar o crescimento de Alices, mas, sem dúvidas, a maior recompensa de liderar uma comunidade como o Clube da Alice é poder realizar sonhos.
O livro, que já está à venda nas Livrarias Curitiba e nas principais lojas virtuais, teve seu lançamento com um evento muito especial além da tradicional sessão de autógrafos.
Para o lançamento do livro, reuni, no lounge do Shopping Mueller, um grupo de participantes do grupo, cada uma representando uma persona do Clube da Alice. Foi muito emocionante ouvir seus relatos em uma conversa comandada pela Andréa Sorgenfrei, Head da Pinó, que rendeu muitas risadas e lágrimas.
Que legal ver e ouvir ao vivo o relato de como as conexões em uma comunidade digital podem transformar vidas, Ouvindo cada uma delas, pude agradecer ao universo por poder, através do meu trabalho a frente da comunidade, poder proporcionar tanta coisa boa para elas e tantas outras mulheres que elas representavam ali.
E assim vamos seguindo para mais um capítulo dessa história que se resume em um diálogo famoso...
“Chapeleiro, você me acha louca? 
Louca, louquinha!            
Mas vou te contar um segredo: as melhores pessoas são assim.”
Continuo torcendo por um mundo com mais ‘loucuras’, mais Alices e mais comunidades digitais!