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| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

Os casos registrados de ferrugem asiática em lavouras de soja no Brasil mais do que dobraram no último mês, com os focos concentrados no Sul do país, onde as chuvas têm sido acima da média histórica em função do fenômeno El Niño. A doença provocada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi já causou grandes prejuízos ao setor produtivo nos momentos em que não foi combatida adequadamente no país.

Os relatos de ferrugem desde o início de junho até o momento totalizam 136 casos no Brasil, sendo 63 no Paraná e 43 no Rio Grande do Sul, conforme o Consórcio Antiferrugem, uma parceria público-privada criada há mais de uma década para monitorar a presença da doença fúngica. Um mês atrás, os registros no Brasil totalizavam 66 casos. Um ano atrás, na safra 2014/15, eram 60 casos relatados.

A ferrugem, que prejudica o desenvolvimento das plantas, pode ser controlada com a aplicação de fungicidas. Especialistas dizem que os produtores brasileiros têm experiência em controlar a doença, mas as aplicações de defensivos tendem a elevar os custos de operação das fazendas.

“Há relatos, mas nada que não esteja sob controle”, disse o economista Marcelo Garrido, do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab). “Se as previsões se confirmarem, de El Niño forte até março, a situação não vai ser confortável, vai dar trabalho, vai aumentar o custo do produtor”, complementou.

Além de favorecer a manifestação da doença, o excesso de água também inibe seu controle. “A situação é preocupante por não ter condições de entrar com aplicação de agrotóxicos nas lavouras, em função das chuvas”, relataram os técnicos da Seab em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná, em relatório no início da semana.

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