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Se forem consumidos pelo homem, esses moluscos podem causar diarreia, náusea e cólica. | ALBARI ROSA/Gazeta do Povo
Se forem consumidos pelo homem, esses moluscos podem causar diarreia, náusea e cólica.| Foto: ALBARI ROSA/Gazeta do Povo

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o governo de Santa Catarina suspenderam a extração, comercialização e consumo de moluscos bivalves (mexilhões, ostras, vieiras e berbigões) em todo o litoral de Santa Catarina. A medida foi tomada depois da identificação de moluscos contaminados por biotoxinas marinhas produzidas por algas vermelhas. Se forem consumidos pelo homem, esses moluscos podem causar diarreia, náusea e cólica.

A medida entrou em vigor no último dia 26. Nesta quarta-feira (3), técnicos da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e do Laboratório Laqua-Itajaí/IFSC sobrevoaram o litoral catarinense e observaram manchas vermelhas ao longo da costa, principalmente entre Sambaqui e Barra do Sul. Segundo o representante do Laboratório Laqua-Itajaí/IFSC, Luis Proença, o fenômeno é inédito em Santa Catarina devido à intensidade e extensão das manchas vermelhas. Não há previsão para a liberação para extração e consumo.

Quem não respeitar a determinação pode receber notificação, ter os produtos apreendidos e ainda pagar multa, dependendo da gravidade do caso.

De acordo com o Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca (Cedap), o estado de Santa Catarina possui 610 maricultores. As informações são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Maré vermelha

A proliferação de biotoxinas por meio de microalgas de cor avermelhada é um fenômeno natural, conhecido como “maré vermelha”. Segundo o Departamento de Saúde Animal (DSA), do Mapa, ela ocorre periodicamente, em áreas isoladas. “No entanto, desta vez, a proliferação foi bem maior e as toxinas se espalharam por todo o litoral de Santa Catarina”, explica o diretor do DSA, Guilherme Marques. O último caso semelhante foi registrado em 2008.

A suspensão da extração, comércio e consumo dos moluscos em casos assim é preconizada pelo Programa Nacional de Controle Higiênico Sanitário de Moluscos Bivalves (PNCMB), instituído pelo Mapa.

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