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A edição de hoje do Agronegócio mostra que os produtores de grãos e leite se mantêm atentos ao mercado e demonstram preocupação com a tendência de queda nos preços. Além disso, põe em discussão questões ligadas à sanidade agropecuária e à própria percepção do consumidor sobre o campo. São assuntos bem diferentes, mas que compõem um mesmo cenário.

A viabilidade da produção preocupa o setor num momento em que ainda não há uma avaliação clara da sociedade sobre a importância da agricultura e da pecuária para a economia. Além disso, os problemas que afetam a produção e a exportação não recebem a atenção devida dos governantes. Num ano eleitoral, essa constatação acaba se tornando assunto urgente.

Com participação de um terço no Produto Interno Bruto (PIB), o agronegócio brasileiro tem impacto direto – para o bem ou para o mal – na economia. Muito mais do que nos países industrializados. E não está livre de solavancos. A produção tem crescido graças ao aumento no consumo internacional de alimentos. Ou seja, depende das economias estrangeiras. E as exportações são concentradas na China, o que representa fragilidade estratégica.

Isso significa que, embora esteja em expansão, o agronegócio precisa de apoio para ganhar mais segurança e sustentabilidade. Precisa que sua importância seja compreendida pela sociedade e que as decisões e planos de governo levem em conta essa necessidade de estruturação. Seja no cuidado com medidas sanitárias seja no contínuo investimento em infraestrutura.

Essa avaliação é consenso entre produtores e lideranças do agronegócio. E também vem sendo repetida pelos representantes do governo estadual e federal. No entanto, comumente, isso não basta. O desafio do setor é fazer com que agentes políticos e econômicos eliminem a distância entre discurso e prática, e passem a olhar para o setor como um projeto coletivo de fortalecimento econômico.

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