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Após 33 dias de seca, colheita começou com 40 sc/ha na fazenda de Mario e Neide Fabris | Daniel Castellano/gazeta Do Povo
Após 33 dias de seca, colheita começou com 40 sc/ha na fazenda de Mario e Neide Fabris| Foto: Daniel Castellano/gazeta Do Povo

Enquanto os produtores de Mato Grosso vislumbram a sétima safra de alta produtividade, no estado vizinho, ao Sul, a situação é oposta. Um veranico de mais de 30 dias registrado entre dezembro e janeiro comprometeu o enchimento dos grãos e tende a puxar para baixo a produtividade média das lavouras de Mato Grosso do Sul, conferiu a Expedição Safra Gazeta do Povo em roteiro de 6 mil quilômetros no Centro-Oeste brasileiro nas últimas duas semanas.

A estiagem deste ano foi uma das mais severas, relatam os agricultores e técnicos, mas atingiu apenas uma microrregião ao Sul do estado. Municípios como Rio Brilhante, Douradina, Caarapó e Fátima do Sul estão entre os mais afetados. Nessa região, os pluviômetros registraram 80 milímetros em dezembro, bem abaixo do normal para o período(150 milímetros).

“Aqui choveu no dia 9 de dezembro e depois só em 12 de janeiro”, relata Alessandro Fabris, que cultiva 360 hectares de soja em Sidrolândia junto com os pais Mario e Neide e o irmão Alesson. Natural de Clevelândia (PR), a família começou a colheita com índices de 40 sacas por hectare. Apesar de baixo, o número está acima do alcançado no ano passado (37 sacas/ha), quando uma seca também “torrou” uma parte dos ganhos.

Apesar da redução nos rendimentos estaduais, a Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul) prevê que a produção de soja deste ano vai ultrapassar o volume colhido no ano passado. A entidade estima que a safra local vai romper pela primeira vez a marca de 6 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo do potencial estimado no início da temporada 2013/14 (6,3 milhões de t). “A produtividade média deve ficar entre 45 e 46 sacas por hectare, mas a produção vai crescer porque houve aumento de área e pode ser até que o estado colha mais de 6,1 milhões de toneladas, um recorde”, aponta o agrônomo e analista técnico da Famasul, Leonardo Carloto. Ele ressalta que o Norte e extremo Sul do estado devem colher safra cheia, compensando a quebra nos pontos atingidos pela seca.

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