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A entidade afirma que vai encaminhar ao ministério um pedido para que examine esta situação já que “não há motivos para o veto, se a análise for realizada com base na segunda listagem enviada pelo Brasil ao governo chinês”. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
A entidade afirma que vai encaminhar ao ministério um pedido para que examine esta situação já que “não há motivos para o veto, se a análise for realizada com base na segunda listagem enviada pelo Brasil ao governo chinês”.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O governo chinês rejeitou o pedido de autorização de 26 plantas frigoríficas brasileiras para poderem exportar carnes àquele país. O veto, confirmado pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, ocorreu juntamente com o anúncio de que outras 22 unidades serão autorizadas a vender seus produtos ao país. “As unidades rejeitadas terão de recomeçar todo o processo para tentar se habilitar a exportar carnes à China”, relatou o ministro.

Segundo documento transmitido pela Administração de Certificação e Acreditação da China (CNCA) ao governo brasileiro via embaixada brasileira na China, e obtido pelo Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, os estabelecimentos tiveram a autorização rejeitada pelo fato de conterem produtos não conformes com a lista do protocolo bilateral entre Brasil e China. Outras 36 plantas frigoríficas terão de apresentar informações adicionais para ainda tentarem a habilitação. Estas unidades em reavaliação não apresentaram documentos técnicos obrigatórios, ou apresentarem formulário de registro incompleto ou preenchido em desconformidade com os requisitos.

De acordo com o ministro, será feita uma ação conjunta entre as companhias para que a documentação seja apresentada durante a missão técnica que o governo chinês enviará ao Brasil em breve para finalizar o processo de habilitação dos 22 frigoríficos autorizados a exportar, sendo 11 de bovinos e 11 de aves.

Atualmente, 56 unidades brasileiras são autorizadas a exportar à China, sendo 39 de aves, 16 de bovinos e 11 de suínos, de acordo com o Ministério da Agricultura.

Segundo o documento do governo brasileiro, as plantas industriais que tiveram os pedidos de habilitação para exportação pela China foram, pelos registros no Serviço de Inspeção Federal (SIF), os abaixo relacionados. Vale lembrar que os nomes das empresas e seus respectivos números constam em lista no site do Ministério da Agricultura.

Reação

A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) contestou a rejeição da China a exportação de frigoríficos brasileiros de carne bovina e disse que “não há irregularidades nestas empresas, já que foram feitas correções pela maioria delas nos pedidos apresentados ao governo chinês ainda em 2016”.

“O que ocorreu com os frigoríficos de bovinos rejeitados foi que muitos deles apresentaram documentação também para a exportação de miúdos e carne com osso, produtos que não constam do protocolo bilateral assinando entre o Brasil e a China”, disse, em nota, o presidente executivo da Abrafrigo, Péricles Salazar. Segundo ele, este fato foi constatado no ano passado e a documentação foi corrigida pela maioria das empresas. “Imaginamos que os chineses fizeram sua avaliação com base apenas na primeira listagem, sem as correções”, disse.

A entidade afirma que vai encaminhar ao ministério um pedido para que examine esta situação já que “não há motivos para o veto, se a análise for realizada com base na segunda listagem enviada pelo Brasil ao governo chinês”.

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