No Rio Grande do Sul, onde denúncias de fraude ocorrem há dois anos, as autoridades não têm números exatos, mas relatam estrago econômico significativo. “As vendas tiveram queda desde que começaram a surgir as primeiras denúncias”, conta o técnico estadual da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) Jaime Ries. Buscar novos mercados é tarefa difícil. “Nós estamos a mais de mil quilômetros dos maiores centros consumidores do Brasil”, frisa.
O lado positivo, relata, é que hoje o estado avança em regulamentação. “As propostas estão sendo discutidas na Assembleia Legislativa. Acredito que daremos exemplo nesse sentido”, disse.
O promotor Mauro Rockenbach, do Ministério Público gaúcho, defende punição mais severa para as indústrias com fraudes. “Hoje a multa para a fraude do leite varia entre R$ 1 mil a R$ 1,5 mil. É um valor irrisório.”
Recentemente, melhorou a qualidade do leite. “Segundo os laboratórios, o leite gaúcho apresentou uma qualidade como há muito tempo não havia. Isso se deve à mudança de postura das indústrias e ao cumprimento de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) por indústrias que processavam leite fraudado”, pontua. (AO)
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